O líder do Bloco
Parlamentar Pelo Maranhão (BPM) na Assembléia Legislativa, deputado Stênio
Rezende (PMDB), está sob fogo cruzado.
Ele foi citado por
nada menos que quatro deputados da base governista – em conversas reservadas
com o titular do blog na manhã desta terça-feira (6) – como o pivô do escândalo
que pode, inclusive, resultar em cassação de mandato se devidamente comprovado.
Segundo contam os
parlamentares, Rezende propôs a empresas do ramo de engenharia civil o
pagamento de R$ 1,5 milhão para a aprovação de um projeto de lei de sua
autoria alterando a lei estadual que proíbe a derrubada de palmeiras de
babaçu no Maranhão (Lei 4.734/86).
Na prática, o PL do
peemedebista, que foi aprovado em plenário, flexibiliza a possibilidade de
derrubada das árvores, estabelecendo uma compensação ambiental no caso de
necessidade de desmatamento. O projeto era de interesse das construtoras porque
representava uma alternativa à construção dos grandes condomínios que
proliferam, principalmente, pela ilha de São Luís.
Pelo acerto firmado
entre Stênio Rezende e os empresários, ainda de acordo com o que denunciam os
deputados, a propina entregue a ele seria rateada entre 30 deputados – o líder
do BPM aí incluído: R$ 50 mil para cada um.
Mas Stênio não
teria dividido a bolada e o caso acabou nos ouvidos dos demais parlamentares,
que chiaram (não se sabe se pela imoralidade da suposta atitude do líder,
ou por não terem efetivamente recebido sua parte no “negócio”).
Outro lado
O blog conversou no
início da tarde com o deputado Stênio Rezende. Ele deu algumas explicações, mas
preferiu não gravar entrevista. Disse, em suma, que vai aguardar o desenrolar
dos acontecimentos para, só então, pronunciar-se sobre o assunto.
César Pires pede revogação da lei que flexibiliza derrubada de babaçu
O deputado César
Pires (DEM) deu entrada, na tarde desta terça-feira (6), em proposição para
revogar a lei nº 9.370/2011 – que flexibiliza a derrubada de palmeiras de
babaçu no Maranhão.
A atitude do
democrata veio na esteira das denúncias de que o deputado Stênio Rezende (PMDB)
teria recebido R$ 1,5 milhão para ratear entre parlamentares aliados com vistas
a garantir a aprovação de lei, no primeiro semestre deste ano (veja post
abaixo).
Segundo Pires, a
revogação da lei é a forma que a Assembléia Legislativa tem de garantir que não
aprovou a matéria atendendo a interesses dos empresários.
“Esta lei tem que
ser revogado, para que se dirima toda e qualquer dúvida de que empresários
pagaram a deputados para que um projeto de lei fosse aprovado nesta Casa”,
declarou o deputado.
do Blog do Gilberto Leda
Sugiro que não mais divulgue fotos governamentais em que Stenio Resende esteja. Isso pode comprometer a imagem do governo. A sua imagem sempre lembrará o caso “babaçuoduto” tirando assim o objetivo principal da matéria.
ResponderExcluirComo exemplo, a imagem em que Max assina ordem de serviço para restauração da MA-119, Stenio Resende aparece pousando.
Sugiro que editem as fotos em que o proprineiro aparece. Agora só em páginas policiais
Gilberto Leda fez essa "gafe":
http://gilbertoleda.com.br/2011/12/06/max-barros-assina-ordem-de-servico-para-restauracao-da-ma-119/