A Polícia Federal no Piauí deflagrou, na
manhã desta terça-feira (7), a “Operação
Salvador ”, com a participação de 60 policiais federais. A ação tem como
objetivo dar cumprimento a 16 mandados de prisão e dez mandados de busca e
apreensão, expedidos pela 7ª. Vara Criminal da Justiça do Estado do Piauí a fim
de reprimir o tráfico de drogas nos municípios de Teresina, Picos e União.
Dentre os presos estão Manoel Messias da
Silva Santos, tido pela PF como o cabeça do esquema ( o nome “Messias” motivou
a denominação da operação “Salvador”) e Samuel Lucas Didier Soares Mota, o
Samuel Pizza, dentista, que foi condenado pela Justiça Federal a 08 anos de
prisão por tráfico de drogas. Samuel foi preso na Operação Amálgama em janeiro
de 2008. O nome amálgama foi escolhido pelo fato de Sammuel Lucas ser dentista.
14 pessoas foram presas no total, eles
"trabalhavam" em uma espécie de disque-drogas que atuava nas regiões
Sudeste e Leste de Teresina e cidades vizinhas, além de Picos.
A PF apreendeu veículos, computadores,
dinheiro, maconha, crack, cocaína e cloridrato, substância usada para o refino
da cocaína. Em uma única residência em Teresina a PF apreendeu 50kg de maconha
e 2 de cocaína.
Em nota, a PF descreve que "a 'Operação
Salvador' é resultado de vários meses de investigações realizadas pela
Superintendência da Polícia Federal, no Estado do Piauí, diante da necessidade
de desarticular estruturas interestaduais do tráfico de droga, reduzir a oferta
e rastrear o patrimônio pertencente a essas quadrilhas criminosas.
Durante as investigações se constatou
que toda a droga fornecida tinha como procedência a cidade de São Paulo/SP,
razão porque foram sendo cumpridos, também, mandados de busca e apreensão na
Capital paulista'.
Em coletiva à imprensa, a Polícia
Federal afirmou que entre as 14 pessoas já presas na Operação Salvador, há
dentistas, professores e mototaxistas. Eles trabalhavam em uma espécie de
disque-drogas que atuava nas regiões Sudeste e Leste da capital e cidades
circunvizinhas, além de Picos.
A coletiva foi conduzida pelos delegados
Olegário e Carlos Alberto Nascimento. Eles disseram que o entorpecente tinha
origem no Paraguai e passava por São Paulo até chegar ao Piauí. "A droga
chegava em São Paulo e a líder da quadrilha, que era uma mulher, fazia a
distribuição para os 'mulas'. Cada um recebia uma quantia de R$ 1 mil a R$ 5
mil para que a droga fosse transportada de São Paulo a Teresina. Eles iam de
avião e voltavam de ônibus", revela
Nascimento.
As investigações apontaram que toda a
droga que vinha para o Piauí era distribuída por dois “gerentes” homens, um em
Picos e outro na capital, sendo que o de Teresina distribuía para municípios
vizinhos, como União.
Depois que a droga chegava em Teresina,
era levada aos consumidores a través de um disque-droga. “A pessoa pedia a
quantidade de droga que queria e mototaxistas (um dos quais foi preso) faziam a
entrega. Há também a participação de dentistas e professores que deixaram a
profissão e estão no tráfico”, conta o delegado Carlos Nascimento. Segundo ele,
um dos presos hoje já havia sido detido dentro da operação Amálgama.
De acordo com a polícia, o distribuidor
de Teresina abastecia 22 bocas de fumo nas regiões Sudeste e Leste da cidade.
"A maioria dos consumidores é de
pessoas da classe média. Neste caso, os consumidores podem pagar pelo tráfico.
Elas têm o perfil de quem não quer se expor, por isso utilizaram o
disque-drogas", completa o delegado.
Nomes
dos presos:
João Luis Rocha
Gilberto Soares de Oliveira
Maria de Lourdes Veras
João Ernesto Lopes de Sousa
Antonio Moreira Machado, vulgo Toinho
Joelma Machado
Leilson Pereida da Silva, vulgo Aranha
Germano Henrique Alves
Maria do Socorro do Espírito Santo
Cleanto Borges Filho, vulgo Canário
José Sampaio dos Reis, vulgo Zé Reis
(empresário de Picos)
Maria Luciana Veras
Ginisson de Sousa Leal, vulgo Cabeção
Manoel Messias da Silva dos Santos
Samuel Soares Mota (dentista)
Moisés Leal Filho, vulgo Bugão
Informações do site Cidade Verde e do GP1
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