O jornalista- fotográfico Biaman Prado,
da equipe de repórteres de O Estado Maranhão, prestou queixa ontem na
Secretaria de Segurança por conta das agressões sofridas ontem no prédio da
Assembleia quando desenvolvia seu trabalho para o jornal.
Por volta das 10h um grupo de cerca de
20 grevistas segurou o profissional à força pelo braço até a chegada do major
identificado por Antônio Ferreira Brandão, que o levou até a parte interna do
prédio. O jornalista foi chamado de “vagabundo”, “safado”, “sacana” e empurrado
várias vezes pelo oficial e policiais. Eles ainda tentaram tomar a máquina do
jornalista.
Já na parte interna da Assembleia, ele
foi salvo devido a intervenção do major Jinkings e do coronel Pinheiro Filho,
chefe da Casa Militar, que o escoltaram até a saída do prédio.
Mesmo diante do coronel, o major Brandão
bateu no ombro do fotógrafo e ameaçou: “A inteligência (da polícia) sabe onde
tu moras”.
Biaman tentou registrar a ocorrência na
Delegacia do 4º DP (Vinhais), fechada por causa da greve da Polícia Civil. Ele
se deslocou então ao prédio da Secretaria de Segurança onde relatou as
agressões e constrangimentos ao secretário Aluísio Mendes (Segurança), ao
comandante da PM, coronel Pinheiro Filho, ao delegado-geral adjunto, Marcos
Affonso Júnior, e ao superintende de Polícia Civil da Capital, Sebastião Uchoa.
Segundo o secretário, o major Brandão,
identificado como sendo o responsável pela agressão, poderá ser punido conforme
prevê a legislação. “Nós vamos investigar esse caso. Esse policial será
identificado e poderá ser punido por causa dessa transgressão”, disse.
De acordo com o delegado Sebastião
Uchôa, o caso agora será encaminhado para a Delegacia Geral e um procedimento
será aberto na Corregedoria para investigar a conduta do policial-agressor. Ele
poderá responder pelo crime de constrangimento ilegal e ameaça.
Uchôa ressaltou que um novo procedimento
será aberto para saber o porquê do fato não ter sido registrado no 4° Distrito,
uma vez que mesmo com a paralisação dos agentes um contingente de 30% deveria
estar trabalhando.
O cabo Edenílson, um dos diretores da
Associação dos Servidores Públicos Militares do Maranhão (Assepma), ainda teve
a cara-de-pau de dizer não ter havido qualquer tipo de agressão por parte dos
manifestantes. Segundo ele, tudo não passou de um mal-entendido, com imediata
resolução.
Veja a cópia da ocorrência que foi
apenas o primeiro registro do fato antes dos depoimentos:
do Blog do Décio Sá
Huuummm! Repórter fotográfico do Estado do Maranhão foi agredido no movimento da PM... munito suspeito isso...
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