Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Repórter fotográfico registra queixa contra PMs agressores


O jornalista- fotográfico Biaman Prado, da equipe de repórteres de O Estado Maranhão, prestou queixa ontem na Secretaria de Segurança por conta das agressões sofridas ontem no prédio da Assembleia quando desenvolvia seu trabalho para o jornal.

Por volta das 10h um grupo de cerca de 20 grevistas segurou o profissional à força pelo braço até a chegada do major identificado por Antônio Ferreira Brandão, que o levou até a parte interna do prédio. O jornalista foi chamado de “vagabundo”, “safado”, “sacana” e empurrado várias vezes pelo oficial e policiais. Eles ainda tentaram tomar a máquina do jornalista.

Já na parte interna da Assembleia, ele foi salvo devido a intervenção do major Jinkings e do coronel Pinheiro Filho, chefe da Casa Militar, que o escoltaram até a saída do prédio.

Mesmo diante do coronel, o major Brandão bateu no ombro do fotógrafo e ameaçou: “A inteligência (da polícia) sabe onde tu moras”.

Biaman tentou registrar a ocorrência na Delegacia do 4º DP (Vinhais), fechada por causa da greve da Polícia Civil. Ele se deslocou então ao prédio da Secretaria de Segurança onde relatou as agressões e constrangimentos ao secretário Aluísio Mendes (Segurança), ao comandante da PM, coronel Pinheiro Filho, ao delegado-geral adjunto, Marcos Affonso Júnior, e ao superintende de Polícia Civil da Capital, Sebastião Uchoa.

Segundo o secretário, o major Brandão, identificado como sendo o responsável pela agressão, poderá ser punido conforme prevê a legislação. “Nós vamos investigar esse caso. Esse policial será identificado e poderá ser punido por causa dessa transgressão”, disse.

De acordo com o delegado Sebastião Uchôa, o caso agora será encaminhado para a Delegacia Geral e um procedimento será aberto na Corregedoria para investigar a conduta do policial-agressor. Ele poderá responder pelo crime de constrangimento ilegal e ameaça.

Uchôa ressaltou que um novo procedimento será aberto para saber o porquê do fato não ter sido registrado no 4° Distrito, uma vez que mesmo com a paralisação dos agentes um contingente de 30% deveria estar trabalhando.

O cabo Edenílson, um dos diretores da Associação dos Servidores Públicos Militares do Maranhão (Assepma), ainda teve a cara-de-pau de dizer não ter havido qualquer tipo de agressão por parte dos manifestantes. Segundo ele, tudo não passou de um mal-entendido, com imediata resolução.

Veja a cópia da ocorrência que foi apenas o primeiro registro do fato antes dos depoimentos:
do Blog do Décio Sá

Um comentário:

  1. Huuummm! Repórter fotográfico do Estado do Maranhão foi agredido no movimento da PM... munito suspeito isso...

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