No dia 17 de setembro de 2010, às
vésperas do primeiro turno da eleição, o então candidato a deputado federal
Weverton Rocha (PDT) pediu R$ 800 mil emprestados ao agiota Josival Cavalcanti
da Silva, o Pacovan, preso em maio do ano passado pela Polícia Federal acusado
de receber mais de R$ 1 milhão em dívidas da Prefeitura de São João do Paraíso.
Disfarçado de “transação comercial”, sob
o pomposo nome de “contrato de parcelamento e confissão de dívida com garantia
real”, o negócio era na verdade um “contrato de agiotagem”. Foi registrado no
Cartório Alvimar Braúna, no João Paulo.
Weverton, hoje deputado no lugar de
Carlos Brandão (PSDB), pediu os R$ 800 mil a Pacovan e em garantia ofereceu ao
agiota uma casa duplex e dois lotes terrenos no Olho d’Água, além de um lote
com 20 kitnets no Tirirical (São Cristóvão).
O blog está de posse de toda a documentação.
No entanto, o pedetista recebeu em
dinheiro mesmo apenas R$ 400 mil. Os outros R$ 400 mil (100%) foram o “lucro”
de Pacovan.
O deputado fechou três contratos
garantindo os imóveis como pagamento da dívida, exigência de Pacovan para poder
resgatá-los, em caso de calote, mais facilmente.
Além dos imóveis, Weverton assinou três
cheques pré-datados como garantia do pagamento do empréstimo – um de R$ 200
mil, com data de 10 de novembro de 2010, outro de 300 mil, para 10 de dezembro
do mesmo ano, e o último de R$ 300 mil, para 10 de fevereiro de 2011, todos do
Banco do Brasil.
Segundo apurou o blog, o deputado pagou
direitinho a dívida e resgatou os cheques e os imóveis. Com ele conseguiu
quitar essa dívida não me perguntem. À Justiça Eleitoral ele declarou possuir
apenas R$ 352 mil em bens (veja aqui).
Abaixo, os documentos e daqui a pouco
mais outros:
Cheques dados ao agiota Pacovan
Escritura do imóvel dado em garantia
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