FOLHA
DE S. PAULO/DE BRASÍLIA
O
líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), apresentou proposta que tem
o intuito de acaba com o foro privilegiado para políticos e demais autoridades
que cometerem crimes comuns.
A
exceção citada na PEC (proposta de emenda constitucional) é para crime de
responsabilidade.
A
proposta, que começou a tramitar nesta quinta-feira na Câmara, segue para
análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Depois ainda precisa
passar por uma comissão especial e duas votações no plenário.
No
final de fevereiro, a Folha mostrou, no caderno "A Engrenagem da
Impunidade", que falhas e omissões atrasam os processos contra políticos.
A reportagem analisou 258 processos e inquéritos sobre 166 políticos. A íntegra
dos casos passou a ser divulgada pelo projeto "Folha Transparência".
Os primeiros 21 casos já estão no ar.
Segundo
a liderança do PPS, a emenda constitucional contou com o apoio de 187
parlamentares. O líder do partido diz que sua intenção é evitar, por exemplo,
que pessoas entrem para a política com o único objetivo de postergar o
julgamento de crimes que cometeram.
"Temos
que mostrar para a sociedade que ninguém deve buscar um mandato para sobrestar
esse ou aquele processo. O mandato é para defender a população e ideias para o
país. Temos que parar com esse absurdo de, uma vez processada, a pessoa buscar
um mandato para ganhar tempo e escapar de julgamentos", defende Rubens
Bueno.
Ontem,
o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) apresentou proposta que segue na mesma
linha.
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