- Não vamos ceder um milímetro, enquanto
os empresários não sentarem à mesa para negociar. Não temos interesse em
complicar ainda mais a situação. Sem negociação, não tem acordo e a paralisação
vai continuar, disse o assessor jurídico do Sindicato dos Rodoviários, José
Rodrigues, em entrevista ao programa Ponto Final, apresentado pelo jornalista
Roberto Fernandes, na Rádio Mirante AM.
Segundo Rodrigues as pressões do TRT só
colocam mais lenha na fogueira, afirmando que os rodoviários não estão
preocupados com multas e ameaças de demissão. Para ele, se os empresários não
tem dinheiro para conceder qualquer reajuste aos trabalhadores, certamente não
terão condições de bancar uma demissão em massa.
Sobre o anúncio da contratação de novos
profissionais para o sistema, Rodrigues afirmou que já existe uma carência de
cerca de 300 rodoviários. Muitos trabalhadores estão sendo obrigados a dobrar a
jornada de trabalho porque os empresários não contratam profissionais para
suprir as necessidades.
- A população não tem conhecimento, mas
muitos companheiros estão sendo obrigados a dobrar a jornada de trabalho,
correndo risco de acidente. Pelos nossos levantamentos, cerca de 60% dos
acidentes no transporte coletivo envolvem colegas que estão dobrando serviços,
disse ele.
Finalizando, o assessor jurídico
assegurou que os rodoviários tem consciência das consequências dessa
paralisação, mas estão dispostos a arcar com todos os custos das multas
impostas pela desembargadora Ilka Esdras Araújo, presidente do Tribunal
Regional do Trabalho/MA.
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