O aumento de tarifa é o principal
objetivo dos empresários
Gilberto Lima
Editor do blog
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Ônibus no prego é uma constante nas ruas de S. Luís |
A greve dos rodoviários, que se inicia
logo mais à meia-noite, interessa, principalmente, aos empresários do
transporte coletivo. Os trabalhadores decidiram pela paralisação por tempo
indeterminado depois de duas tentativas de acordo para aumento salarial. Os
empresários alegam que sem reajuste das tarifas não existe condições de
conceder qualquer aumento. Portanto, a greve servirá de instrumento para que os
empresários exijam aumento das tarifas. Tentam justificar afirmando que a tarifa média de R$ 1,90 seria uma das mais baixas do país.
Temendo cair, ainda mais, em desgraça
com a opinião pública, o prefeito João Castelo já disse que não concederá
nenhum reajuste nas tarifas de transporte coletivo. Será que o prefeito tem
força de peitar os empresários, que sempre demonstraram comandar todo o
sistema, sem intervença da prefeitura? Uma mostra está na frota sucateada que
continua circulando normalmente sem nenhuma fiscalização da SMTT. Em outras capitais,
essas sucatas já estariam fora de circulação. Diariamente, deparamo-nos com
esses ônibus velhos no prego, contribuindo para os constantes engarrafamentos
no trânsito de São Luís.
Informações de pessoas com trânsito
livre nos bastidores do sistema de transporte dão conta que, nos últimos dias, os
empresários teriam determinado a redução de 30% da frota em circulação,
contribuindo, ainda mais, para os transtornos aos usuários. Isso tudo acontece
com a conivência da SMTT. Os empresários não aceitam ter os interesses
contrariados.
Eles estariam chateados com a licitação
das linhas de transporte coletivo que eliminará muitas empresas sem condições
de continuar operando no sistema, além de poder quebrar monopólios, como o da
Taguatur, na área Itaqui/Bacanga.
Além disso, os empresários são os
maiores fornecedores de transporte para candidatos a prefeitos e a vereadores.
A fatura é sempre cobrada depois, com o aumento de tarifas. E aí, Castelo, vai
encarar os empresários?
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