O Instituto de Criminalística do
Maranhão (ICRIM) divulgou, na tarde desta sexta-feira (15), o resultado da
perícia sobre o assassinato do jornalista Décio Sá. Apresentando imagens das
cápsulas deflagradas, os peritos explicaram que o jornalista foi assassinado
com 6 tiros, sendo 5 deles fatais. Foram dois tiros na cabeça e quatro no
restante do corpo, à altura do tórax. Todos os disparos foi feitos à curta
distância e por trás do jornalista.
Os peritos explicaram que foram
analisados cerca de 300 vídeos, coletados a partir das 22h05 da noite do dia 23
de abril, de câmeras localizadas na Avenida Litorânea e de outras vias da
cidade por onde os executores do jornalista passaram. A arma utilizada no crime
não foi periciada porque, segundo informações de Jhonatan Silva, autor o crime,
a mesma foi jogada ao mar, na travessia de ferry-boat com destino à baixada
maranhense, dois dias depois do assassinato.
A pistola que foi apreendida em
poder do capitão Fábio Silva, ex-subcomandante do Batalhão de Choque da PM, ainda
não foi periciada. O militar é acusado de ter fornecido a arma para a prática
do crime.
Segundo a perícia, o resultado do exame
de balística, na análise do lote da munição, chegou-se à conclusão que os
projéteis eram de origem da Polícia Militar do Maranhão. O carregador é de uma
arma pistola 24/7 .40, de uso exclusivo da polícia.
Na próxima semana, os peritos do ICRIM
vão fazer a reconstituição do crime, em duas etapas. A primeira delas, será
feita à noite, no horário em que o jornalista foi assassinado, a partir do
Sistema Mirante, de onde o jornalista saiu, por volta das 21h30, até a Avenida
Litorânea.
Cheques apreendidos
O ICRIM aguarda o envio de cheques
apreendidos com a quadrilha para perícia. Um desses cheques, de uma prefeitura
do interior, no valor de R$ 6.000,00, já foi periciado, constatando-se que
houve falsificação de assinatura. O responsável já foi chamado para prestar
esclarecimentos.
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