Quem trafega pelas principais avenidas de
São Luís, percebe, claramente, que as áreas verdes apresentam um visual da
caatinga, do agreste nordestino. Essa mudança de cenário deve-se ao longo
período de estiagem. O último período de chuvas apresentou baixo índice
pluviométrico, em relação a anos anteriores. Isso teria contribuído para essa
secura que estamos vivendo neste fim de 2012.
Um desses “cenários de agreste” está na
área da Lagoa do Angelim, às margens da Av. Jerônimo de Albuquerque. Além da
vegetação rasteira, diversas árvores também estão secas. Um ambiente propício
para a ocorrência de incêndios. Até a lagoa está com baixo nível de água
contaminada com dejetos de esgoto. A grande área de capim seco, nas proximidades da pista, é um barril de pólvora. Qualquer ponta de cigarro, por exemplo, jogada por algum motorista pode dar início a um incêndio, como já chegou a se verificar há poucos meses nesse mesmo local.
Especialistas chegam a afirmar que essas
altas temperaturas e ocorrência de baixos índices pluviométricos, verificadas
nos últimos anos em São Luís, devem-se ao desmatamento desenfreado para a
construção de novos núcleos habitacionais. Como o setor imobiliário está em
franca expansão, sem nenhuma preocupação com a preservação do meio ambiente,
pode-se afirmar que a tendência é de um cenário cada vez pior. Com essa
diminuição das áreas verdes, até os mananciais de água doce podem ser
comprometidos.
Nos últimos dias, temos notado a formação de nuvens densas, mas a chuva não cai. As manhãs têm sido de uma temperatura agradável, mas, à tarde, com o sol mais intenso, fica tudo abafado e o calor é insuportável. Vamos torcer para termos um período chuvoso mais generoso.
O poder público é um dos principais responsáveis pela degradação do meio ambiente em São Luis por não fiscalizar. O caso da Lagoa do Angelim não é o único na Ilha,
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