do Blog
do Ricardo Kotscho

À mesa
formada em torno de Dilma, estarão presentes os líderes dos aliados
no Congresso e os presidentes dos dois partidos, os presidentes da
Câmara e do Senado, além de oito ministros (quatro do PT e quatro
do PMDB).
O jantar
serve para sinalizar que a presidente Dilma toma a iniciativa e
assume o comando das negociações da própria sucessão, ao mesmo
tempo em que acaba com as especulações sobre uma possível troca de
Michel Temer por Eduardo Campos, do PSB, no posto de vice.
A
formalização da chapa Dilma-Temer para a disputa da reeleição não
é o único objetivo do encontro, que vai confirmar também o apoio
do PT aos dois nomes indicados pelo PMDB para presidir, a partir do
próximo ano, o Senado, com Renan Calheiros, e a Câmara, com
Henrique Eduardo Alves, em cumprimento a um acordo firmado entre os
dois partidos no ano passado.
O PMDB
gostaria também de discutir a ampliação do seu espaço na
Esplanada dos Ministérios, mas dificilmente este assunto irá
adiante numa reunião com 20 participantes.
Uma vez
fechado o acordo com o seu principal aliado, o próximo passo de
Dilma será o de se mover na tentativa de reaproximar o PT do PSB de
Eduardo Campos, uma tarefa bem mais difícil diante das sequelas
deixadas pelas disputas entre os dois partidos nas eleições
municipais.
Para o
governo, é importante manter o PSB na base aliada, pelo menos até o
próximo ano. Dilma e Campos devem se encontrar na próxima reunião
da Sudene, em Salvador, quando serão discutidas as iniciativas para
o combate à seca que atinge os nove estados da região. Mais
provável é que os dois marquem uma conversa para a semana que vem
em Brasília.
Com o
tucano Aécio Neves em fase de recesso pós-eleitoral e Campos ainda
pensando se partirá ou não para um vôo próprio já em 2014, o
fato é que o PT de Dilma e o PMDB de Temer saem na frente na corrida
da sucessão presidencial. A dois anos das eleições, só falta
registrar a chapa
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