Mais de 570 instituições tiveram nota 1
ou 2 no Índice Geral de Curso, de acordo com o MEC
Estadão.edu, com Vannildo Mendes, de O
Estado de S. Paulo
Dados divulgados pelo Ministério da
Educação nesta quinta-feira, 6, mostram que 27% das instituições de ensino
superior do País tiveram conceito insuficiente no Índice Geral de Cursos (IGC)
em 2011. O MEC divulgou ainda os Conceitos Preliminares de Curso (CPC) e o
conceito Enade 2011 das instituições. A lista geral das instituições deve ser
publicada no site do MEC ainda nesta tarde.
Neste ano, o ministério decidiu alterar
o cálculo da nota. O quesito professor com doutorado perdeu peso, enquanto
aumentou o valor para o docente com mestrado e com dedicação integral. Das
2.136 universidades, faculdades e centros universitários avaliadas, nove
tiveram conceito 1 e 568 atingiram o conceito 2. As duas categorias somam,
respectivamente, 0,4% e 26,6% do total. O MEC considera insuficiente qualquer
conceito abaixo de 3 - o conceito máximo é 5.
Do total, 50,6% das instituições
alcançaram nota 3, 8,9%, 4 e apenas 1,3% delas, 5. As instituições que
repetiram a nota mínima serão severamente punidas, segundo o ministro. Ele não
quis antecipar as punições, mas disse que serão respeitados o processo legal e
o amplo direito de defesa de cada uma. Mas já está definido que elas ficarão de
fora dos programas de financiamento público aos alunos, como o Programa
Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil ( Fies).
"Não queremos que nossos alunos estudem nessas instituições",
afirmou.
O cálculo do IGC inclui a média
ponderada dos Conceitos Preliminares de Curso e os conceitos da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável por avalias
os programas de pós-graduação das instituições.
No caso do Conceito Preliminar de Cursos
(CPC), as notas predominantes foram também 3 (41,8% dos cursos), 4 (26,1%) e 5
(2,7%). A melhoria de desempenho, segundo o ministro Aloizio Mercadante, foi
ainda maior nas universidades públicas, onde a incidência de nota 4
praticamente dobrou em relação a 2008. "Em linhas gerais, as instituições
públicas tiveram desempenho melhor que as privadas nos níveis 4 e 5",
informou.
Ele disse que, fechado o ciclo completo
de avaliação (2008-2011), "a conclusão é que houve expressiva evolução do
ensino superior em todos os níveis nas universidades, centros universitários e
faculdades". Isso indica, a seu ver, que o sistema de avaliação de
desempenho, somado às políticas públicas de acesso ao ensino, está melhorando
significativamente a qualidade dos cursos.
A avaliação do MEC envolveu 6,7 milhões
de alunos matriculados em 8.665 cursos de graduação em 1.387 instituições
superiores públicas (62%) e privadas (38%). Dos alunos avaliados pelo Exame
Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que também entrou na tabulação da média, 53,9% estão em
universidades, 13,7% nos centros universitários e 30,9% nas faculdades.
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