“Enfrentamos uma situação complicada com
cerca de R$ 70 milhões em débitos, onde a empresa responsável está com sete
meses de atraso de pagamentos. Vamos reavaliar o contrato para um patamar que o
município possa pagar, pois se esse serviço parar a cidade passará por um
caos”, declarou.
De acordo com o secretário, o município paga
cerca de R$ 12 milhões mensais à empresa responsável pela coleta do lixo. Isto
sem os serviços de capina, que elevariam ainda mais o valor do contrato. Ele
explicou que para repactuar o contrato e regularizar a fiscalização e coleta do
lixo contará com o apoio do Ministério Público Estadual, Secretaria Municipal
de Governo e Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
O secretário afirmou que atendendo à
determinação do prefeito Edivaldo Holanda Júnior a regularidade do serviço de
limpeza em todos os bairros da cidade está garantida.
Durante a coletiva, o secretário apresentou
ainda a agenda de ações para os próximos 120 dias e denunciou o estado crítico
em que encontrou a pasta, problemas que vão da falta de material de expediente
à ausência de veículos para fiscalização das obras.
“Estamos fazendo o melhor para a capital no
pouco espaço de tempo possível que chegamos para trabalhar. Nossas ações e a
secretaria são de vital importância para melhoria da qualidade de vida dos
ludovicenses”, explicou José Silveira Sousa. Apesar das dificuldades foi
estabelecido um plano de ação em várias áreas como coleta de lixo,
pavimentação, canais, prevenção de enchentes, iluminação pública e o destino do
projeto sobre o VLT.
Leia os principais momentos da entrevista:
USINA DE ASFALTO
José Silveira declarou que está sendo feito
um levantamento e registro das regiões onde os buracos são mais caóticos e
denunciou a impossibilidade de realizar ações imediatas devido aos atos
ilícitos apurados na usina de asfalto do município. “Na usina de asfalto do
município a empresa que prestava serviços à prefeitura instalou um escritório
particular. O superintendente da Semosp na gestão anterior não podia nem entrar
no local. Já solicitamos à empresa a devolução de peças e equipamentos que
foram retirados de lá. Vamos levar de 45 dias a 2 meses para colocarmos a usina
para funcionar. Isso é uma exigência da população de São Luís. Esses
equipamentos são bens público pagos pelo
povo, que foram retirados de forma
indevida”.
CANAIS DE DRENAGEM
Sobre os canais, o titular da Semosp lembrou
que já foram iniciadas ações de desobstrução, inclusive com a contratação de máquinas
para auxiliar os trabalhos. O secretário destacou a necessidade de diálogo
entre os órgãos públicos para evitar a poluição dos canais ocasionando
transtornos para a cidade. “Nas localidades onde estão os canais a Caema está
fazendo ligações para a rede de esgoto. Isso atrapalha os funcionários da
Semosp que estão lá limpando. Os canais de drenagem não são para despejos de
esgotos e dejetos, e sim para o fluxo das águas pluviais”.
PRAÇAS E CENTRO HISTÓRICO
O secretário ressaltou que está em andamento
a operação de limpeza e desinfecção em toda a extensão do Centro Histórico,
incluindo feiras e mercados. As ações acontecerão regularmente durante todos os
domingos visando o bem-estar da população e turistas nas vias públicas. A
recolocação de tampas nos bueiros e proteção das caixas de energia no Centro
Histórico também já foi iniciada.
PREVENÇÃO DE ENCHENTES E ALAGAMENTOS
Os trabalhos de prevenção estão sendo
planejados em conjunto com a Defesa Civil e a Secretaria de Meio Ambiente. Até
agora já foram mapeadas 28 áreas de risco em regiões habitadas.
VLT
O secretário explicou que uma comissão
técnica envolvendo várias secretarias municipais realiza estudo sobre o
assunto. Afirmou que o maquinário foi adquirido por cerca de R$ 5 milhões
somente para o veículo e mais R$ 6 milhões em trilhos. “Já acionamos a
assessoria jurídica da Semosp, o município não pode ter esse prejuízo. Iremos
agendar reuniões com a SMTT e a sociedade para apresentarmos um projeto
executivo e, com diálogo, iremos dar o destino correto ao VLT”.
ILUMINAÇÃO
Já foram emitidas ordens de serviço para
melhorar a iluminação pública na zona rural e em todas as paradas de coletivo
da cidade. O secretário relata que o vandalismo e roubos das lâmpadas
prejudicam principalmente a segurança publica.
Como exemplo, ele citou o carnaval no Centro Histórico, onde haverá
reforço da iluminação com a troca de todas as lâmpadas. A medida será uma ação
conjunta da Semosp com a Secretaria Municipal de Turismo e Fundação Municipal
de Cultura e está previsto a implantação de um trabalho de segurança na área.
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