Gilberto Lima
Quem tem a responsabilidade de
administrar um lar sabe de cor e salteado uma receita elementar em momentos de
crise financeira: cortar os supérfluos. Como dizia minha mãe: o cinto está
apertado ou a calça já não cabe na cintura? Hora de emagrecer e cortar gorduras.
Essa mesma regra pode ser aplicada à gestão pública. Em momentos de caixa quase
vazio, podendo comprometer até o custeio da folha de pessoal e manutenção de
serviços essenciais, faz-se urgente a adoção de medidas drásticas para cortar
os excessos. Aquilo que não vai comprometer o funcionamento da máquina
administrativa.
Refiro-me ao momento crítico porque
passa a Prefeitura de São Luís, comandada pelo prefeito Edivaldo Júnior.
Acertadamente, vendo as dificuldades em manter serviços essenciais, determinou
o corte em 30% nos custos de todos os órgãos da administração, além de redução
nos valores de contratos com prestadores de serviços, incluindo o contrato da
limpeza pública, que gira em torno de R$ 8 milhões mensais.
Acredito que seria momento de partir
para uma ampla reforma administrativa, que poderia ter sido implantada nos primeiros
momentos da administração. Para isso se efetivar, é preciso ousadia e coragem.
O custo da máquina pública, em todo o país, é muito pesado. Acredito que o
prefeito Edivaldo Júnior tem tempo de sobra para fazer ajustamentos maiores que
possam diminuir essa carga para os cofres do município.
Com essa redução de custos, com certeza,
sobrarão recursos para investir, principalmente, na infraestrutura urbana.
Todos sabem que o maior gargalo da administração é a buraqueira que toma conta
de toda a cidade. Nos anos anteriores à atual gestão, limitaram-se a operações
tapa-buracos em ruas e avenidas. Muitas dessas operações foram feitas com
asfalto sonrisal, que se desmanchava em pouco tempo. Uma grande fonte de
receita para empresas prestadoras de serviços. Sem a contenção de despesas e
sem ajuda do governo federal será difícil ter recursos para essa guerra contra
a buraqueira.
Com essas medidas, aliadas a um programa
eficiente de aumento da arrecadação, em pouco tempo o prefeito Edivaldo Júnior
passará a contar com recursos que possam assegurar o bom andamento de sua
gestão.
Outra luz que se vislumbra no horizonte
será o apoio do governo do estado, a partir de janeiro de 2015, com uma
provável eleição de Flávio Dino. Edivaldo terá dois anos de uma parceria que
pode resolver muitos problemas que hoje afligem a administração municipal.
Os problemas, que não são poucos, existem,
mas o importante é a coragem e determinação do gestor em encará-los de frente e
de cabeça erguida, sem se deixar abater pelo pessimismo. Boa sorte ao prefeito
Edivaldo!
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