segunda-feira, 5 de maio de 2014

Sobre crises: Quando o cinto aperta, o melhor é queimar gorduras

Gilberto Lima

Quem tem a responsabilidade de administrar um lar sabe de cor e salteado uma receita elementar em momentos de crise financeira: cortar os supérfluos. Como dizia minha mãe: o cinto está apertado ou a calça já não cabe na cintura? Hora de emagrecer e cortar gorduras. Essa mesma regra pode ser aplicada à gestão pública. Em momentos de caixa quase vazio, podendo comprometer até o custeio da folha de pessoal e manutenção de serviços essenciais, faz-se urgente a adoção de medidas drásticas para cortar os excessos. Aquilo que não vai comprometer o funcionamento da máquina administrativa.

Refiro-me ao momento crítico porque passa a Prefeitura de São Luís, comandada pelo prefeito Edivaldo Júnior. Acertadamente, vendo as dificuldades em manter serviços essenciais, determinou o corte em 30% nos custos de todos os órgãos da administração, além de redução nos valores de contratos com prestadores de serviços, incluindo o contrato da limpeza pública, que gira em torno de R$ 8 milhões mensais.

Acredito que seria momento de partir para uma ampla reforma administrativa, que poderia ter sido implantada nos primeiros momentos da administração. Para isso se efetivar, é preciso ousadia e coragem. O custo da máquina pública, em todo o país, é muito pesado. Acredito que o prefeito Edivaldo Júnior tem tempo de sobra para fazer ajustamentos maiores que possam diminuir essa carga para os cofres do município.

Com essa redução de custos, com certeza, sobrarão recursos para investir, principalmente, na infraestrutura urbana. Todos sabem que o maior gargalo da administração é a buraqueira que toma conta de toda a cidade. Nos anos anteriores à atual gestão, limitaram-se a operações tapa-buracos em ruas e avenidas. Muitas dessas operações foram feitas com asfalto sonrisal, que se desmanchava em pouco tempo. Uma grande fonte de receita para empresas prestadoras de serviços. Sem a contenção de despesas e sem ajuda do governo federal será difícil ter recursos para essa guerra contra a buraqueira.

Com essas medidas, aliadas a um programa eficiente de aumento da arrecadação, em pouco tempo o prefeito Edivaldo Júnior passará a contar com recursos que possam assegurar o bom andamento de sua gestão.

Outra luz que se vislumbra no horizonte será o apoio do governo do estado, a partir de janeiro de 2015, com uma provável eleição de Flávio Dino. Edivaldo terá dois anos de uma parceria que pode resolver muitos problemas que hoje afligem a administração municipal.

Os problemas, que não são poucos, existem, mas o importante é a coragem e determinação do gestor em encará-los de frente e de cabeça erguida, sem se deixar abater pelo pessimismo. Boa sorte ao prefeito Edivaldo!


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