Rádio Voz do Maranhão

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Marina acusa governo de manter ‘quadrilha’ na Petrobras

Candidata do PSB cita a Bíblia ao pedir rigor nas investigações que envolvem o nome do ex-governador Eduardo Campos

POR SÉRGIO ROXO
O Globo

Marina visita creche em São Paulo - Marcos Alves / O Globo

SÃO PAULO — A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira que o governo manteve uma “quadrilha” na Petrobras e disse querer que as investigações sejam rigorosas pata apurar o escândalo. Segundo o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal, dezenas de políticos, entre governadores, ministros e parlamentares, teriam recebido propina em contratos da empresa. Um dos nomes citados é o do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo e sucedido por Marina na corrida presidencial. A candidata citou o Novo Testamento ao falar sobre Campos: “conheceis a verdade e ela vos libertará”.

— Quem manteve toda essa quadrilha que está acabando com a Petrobras foi o atual governo— disse Marina, que tem evitado associar o nome da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, nas críticas ao escândalo:— Queremos que as investigações sejam feitas com todo rigor. Doa a quem doer.

Ao ser questionada pelos jornalistas sobre sua postura de poupar Dilma, Marina disse que não queria ser "leviana" e lembrou escândalos envolvendo o PT e o PSDB:

— Eu quero que todos esses casos, seja o mensalão da época do Lula, seja o mensalão do PSDB em Minas Gerais, seja esse caso lamentável da Petrobras, de destruição de uma empresa que era respeitada dentro do Brasil, sejam investigados e punidos os culpados.

As declarações foram feitas à imprensa durante visita a uma creche conveniada da prefeitura de São Paulo, no centro da capital paulista. No local, Marina criticou o governo por não ter cumprido a meta de creches apresentada por Dilma na campanha eleitoral de 2010.

_ Das 6.000, só foram feitas 400 e 700 estão em obras.

Apesar da crítica, a candidata evitou se comprometer com um número de creche que seriam feitas em seu eventual governo.

— Não é uma questão de promessa. Eu nunca caí nessa pressão de apresentar um número.


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