Gilberto Lima
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Sistema Mirante em declínio com a vitória de Flávio Dino |
Eu sempre disse que os cofres do governo
do Maranhão eram os maiores financiadores e mantenedores dos negócios da
família Sarney. Montaram um verdadeiro império com o sustentáculo de dinheiro
público. O sistema Mirante, por exemplo, fatura algo em torno de R$ 2 milhões
por mês do governo. Abocanha a maior fatia do bolo dos recursos destinados à
comunicação. Até dezembro, quando se encerra o ciclo de mando da família
Sarney, a farra está assegurada. A partir daí, a situação será totalmente
diferente. Com o novo governo, essa sangria de recursos milionários será
estancada.
Prevendo um futuro de arrocho
financeiro, o sistema de comunicação da família Sarney deu início a um processo
de enxugamento de seus quadros. Profissionais que ao longo de várias décadas
foram fiéis ao grupo estão sendo demitidos. Na primeira lista da degola estão o
‘eterno’ diretor de redação de O Estado, jornalista Ribamar Corrêa, o
radialista André Martins e outros diretores. Outros tantos jornalistas e radialistas estão na lista para
demissão. Reflexos da vitória de Flávio Dino.
O momento atual parece ser o mais grave
do sistema Mirante nos últimos anos. Não é a primeira vez que esse financiamento
milionário é estancado. Quando o ex-governador José Reinaldo rompeu com Sarney,
a primeira medida foi cortar a mamata. Mesmo assim, não entrou em crise profunda.
No entanto, no governo Jackson Lago, com a ajuda de secretários que sempre
mantiveram relações com o grupo Sarney, o sistema de Sarney voltara a ser
beneficiado com o financiamento dos cofres do Estado. Mesmo com as pancadas diárias, que provocavam o desgaste do governo, Jackson não teve coragem de cortar esse patrocínio.
Com a eleição de Flávio
Dino, esse tratamento privilegiado chega ao fim. Por isso, Fernando Sarney está mandando fazer uma reestruturação financeira,
demitindo profissionais para reduzir custos. Comenta-se até em possibilidade de venda de todo o
sistema. As cifras seriam da ordem de R$ 600 milhões. Dizem que o empresário
Paulo Guimarães (enrolado todo), ‘dono’ da TV Meio Norte, de Teresina, teria
interesse em adquirir as cotas societárias de Roseana e José Sarney. Passaria,
em se concretizando a negociata, à condição de sócio-majoritário. Seria mais um ‘testa de ferro’?
Seria o declínio do maior império de comunicação
do norte e nordeste?
É a debacle da oligarquia Sarney.
Espero saiam uns radialista que não faz diferença, deixa só os de programas musicais.
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