Por Leandro
Miranda
O Ministério Público
Estadual acusa a ex-procuradora-geral de Justiça do Maranhão, Fátima
Travassos, de rejeitar, em 2011, uma denúncia criminal com o objetivo
de favorecer o ex-secretário de Saúde Ricardo Murad.
Os promotores João Leonardo
Sousa Pires Leal e Tarcísio José Sousa Bonfim ajuizaram uma ação por
improbidade administrativa contra a ex-chefe do MP no último dia 17,
argumentando que ela não poderia ter recusado a ação penal por formação de
quadrilha e fraude em licitação movida no ano de 2005 contra Ricardo Murad –
então titular da Gerência Metropolitana de São Luís.
Fátima alegou inépcia da
grave denúncia oferecida pelo procurador Raimundo Nonato Carvalho Filho,
recomendando a rejeição desta em favor do aliado e amigo pessoal. Na época, o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu sindicância para apurar o caso,
admitindo, posteriormente, a ligação umbilical entre a representante do MP e as
famílias Sarney e Murad.
“Murad é cunhado da
ex-governadora Roseana Sarney, que havia conduzido Fátima Travassos ao cargo de
procuradora-geral de Justiça(…) Por conta de sua amizade, atrelamento
e dependência em relação a Murad, foi reconduzida ao cargo mesmo figurando
na segunda colocação da eleição para procurador-geral”, afirmam os
promotores na ação.
O Ministério Público pede
que Ricardo Murad e Fátima Travassos sejam condenados à perda de função
pública, à suspensão de direitos políticos e ao pagamento de multa.
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