
Mais cedo, um de seus advogados, Sérgio Muniz,
chegou a desdenhar de Pedrinhas. “A defesa demonstrou que não seria apropriado
o recolhimento dela à penitenciária de Pedrinhas. Vamos acabar com essa
hipocrisia. Pedrinhas é um caldeirão, onde as pessoas são executadas”, disse,
acrescentando que não existia motivo para manutenção da prisão preventiva e que
a defesa quer demonstrar que Lidiane Rocha não praticou nenhum crime.
Lidiane Leite até chegou a ser levada para o Comando
Geral do Corpo de Bombeiros, depois de prestar depoimentos e de se submeter a
exame de corpo de delito. Estava em um ambiente relativamente confortável, com
janela, banheiro, duas camas de solteiro, televisão, frigobar e ar condicionado.
No entanto, a juíza Ana Maria Almeida Vieira,
titular da 1ª Vara de Execuções Penais e Corregedora dos Presídios, determinou que
a ex-prefeito fosse transferida de imediato para a Penitenciária Feminina, no
Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A magistrada considerou que a carceragem
do quartel do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão é destinada somente a presos
militares masculinos.
Lidiane Leite saiu com uma escolta da polícia até o
presídio feminino. Com o sonho de cinderela desfeito, e sem chances de retomar
o comando da Prefeitura, ela poderia aproveitar a delação premiada para revelar
quem foram os grandes beneficiados com o esquema de corrupção em Bom Jardim,
onde uma quadrilha agia no esquema de desvios recursos públicos. O rombo,
juntando todos os desvios, pode chegar à soma de R$ 15 milhões.
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