A denúncia está no Relatório preparado pela CGU a pedido da Polícia
Federal com o objetivo de investigar os desvios de R$ 1,2 bilhão dos recursos
do Fundo Nacional da Saúde, no governo Roseana.
Técnicos da própria Controladoria
fizeram relatos durante visita à Construtora Minerva, prestadora de serviço
para a Saúde.
"Em diligências efetuadas pela equipe de auditoria da CGU
sofreu intimidações e forte restrição, conforme se passa a relatar. (...) Uma
picape chegou ao local com três homens que também não quiseram se identificar.
A partir daí a conversa foi tensa e em tom de intimidação, a ponto de provocar
sensação de insegurança nos auditores'', diz o relatório.
Em outra diligência, realizada na ONG
Oscip Bem Viver para esclarecer contratações e pagamentos, o relatório cita
tentativa de intimidação a uma servidora durante processo de
"circularização, de preços praticados e detalhes dos serviços
prestados".
Também foi citada uma segunda tentativa de intimidação na
empresa Minerva Construções Ltda ocorrida em 10/07/2015, no município de
Imperatriz, Sudoeste do estado.
Investigações
A Operação Sermão aos Peixes, da PF,
apontou que um grupo de empresas beneficiadas com dinheiro público supostamente
desviados da Saúde basteceu 61 campanhas eleitorais no Maranhão.
Segundo as
investigações, uma auditoria indica que o prejuízo aos cofres públicos pode
chegar a R$ 114 milhões. A esposa de Murad e a filha do casal, a deputada
Andrea Murad, também foram beneficiados, apontou a PF.
De acordo com as investigações, a
terceirização de serviços na Saúde, sob o comando de Murad, tinha como objetivo
a fuga dos controles da lei de licitação, facilitando o desvio de verba
pública.
Duas entidades não governamentais contratadas pela Secretaria de Saúde
do Maranhão para gerir unidades hospitalares do Estado, o ICN (Instituto
Cidadania e Natureza) e a Bem Viver, contrataram, sem licitação, inúmeras
empresas para serviços terceirizados.
A Justiça Federal apreendeu o passaporte
do ex-secretário de Saúde do Maranhão Ricardo Murad (PMDB). A pedido da Polícia
Federal, o juiz federal Roberto Veloso também proibiu Murad de sair de São
Luís.
Com informações dos sites Maranhão da Gente e Brasil 247
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