Edson Fachin determinou interrupção até
plenário do STF analisar o caso.
Instalação da comissão especial estava
marcada para a tarde desta quarta.

O ministro Luis Edson Fachin é o relator das ações do PC do B no Supremo
Mariana Oliveira e Renan Ramalho
Da TV Globo e do G1, em Brasília
O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo
Tribunal Federal (STF), decidiu na noite desta terça-feira (8) suspender a
formação e a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Fachin
determinou que os trabalhos sejam interrompidos até que o plenário do Supremo
analise o caso, votação que está marcada para a próxima quarta (16).
O objetivo, segundo o magistrado, é
evitar a realização de atos que, posteriormente, possam ser invalidados pela
Suprema Corte.
A decisão liminar (provisória) de Fachin
foi tomada no mesmo dia em que a Câmara elegeu, por 272 votos a 199, a chapa
alternativa de deputados de oposição e dissidentes da base aliada para a
comissão especial que vai analisar o prosseguimento do processo de afastamento
da chefe do Executivo federal.
O ministro do STF analisou pedido
apresentado pelo PC do B nesta terça-feira, antes de a Câmara eleger a chapa
oposicionista. Na ação judicial, o partido aliado questionou não apenas a
possibilidade de deputados concorrerem às vagas sem indicação pelos líderes de
seus partidos, mas também a votação secreta para escolha da chapa e a divisão
da comissão por blocos, e não partidos.
A formação da comissão gerou um impasse
entre opositores e defensores do mandato de Dilma. A "chapa
alternativa" foi articulada pela oposição para abrigar deputados
simpáticos ao impeachment, principalmente do PP e PMDB, que não haviam sido
indicado pelos líderes.
Na ação, o PC do B argumentou que a
escolha de um deputado para a comissão por votação em plenário, sem indicação
do líder, fere a autonomia partidária. O partido defendeu a existência de uma
chapa única para o colegiado, como havia sido previamente acordado entre os
líderes na semana passada.
"As candidaturas avulsas
consistiriam em arranjo sem previsão normativa em que deputados se candidatam a
membros da comissão especial contrariando as indicações de seus partidos,
feitas pelos respectivos líderes partidários", afirma o texto.
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