quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Ricardo Murad usou major da PM para perseguir juíza “inimiga”


Detalhes cada vez mais escabrosos estão vindo à tona sobre a atuação de Ricardo Murad na organização criminosa (ORCRIM) comandada por ele para surrupiar dinheiro da Saúde do Maranhão, conforme consta no relatório da Polícia Federal.

A PF revela que Ricardo Murad arregimentou até policial militar para perseguir uma juíza. Ricardo, que chegou a acumular o cargo de secretário de Segurança Pública no Governo Roseana Sarney após a saída de Aluísio Mendes, mantinha contato com um major da Polícia Militar que tinha a missão de perseguir a juíza Luzia Madeiro Nepomuceno, da 1ª Vara da Fazenda Pública.

Murad considerava a juíza uma grande inimiga em razão de decisões proferidas pela magistrada que se contrapuseram aos interesses maléficos do seu grupo político, entre elas, a decisão de suspender a cessão do Hospital Carlos Macieira para SES durante a gestão do cunhado da ex-governadora Roseana. Isso explica muito do que foi postado contra a juíza em vários blogs bancados com dinheiro dos Murad. Uma rápida pesquisa no google com o nome da magistrada é o suficiente.

O relatório da Polícia Federal dá conta dos tentáculos de Ricardo Murad espalhados por todos os cantos, inclusive em setores do Judiciário, quando cita “contato próximo com um promotor de justiça e possível direcionamento de ação civil pública contra o governo atual”. Veja abaixo:


As ações articuladas na mídia, na administração da Secretaria e, como se vê, até mesmo em setores da Justiça e com a ajuda de um policial, são análogas a ações de grupos mafiosos. Aliás, vale ressaltar que o fato de Ricardo arregimentar policial para fazer trabalho sujo pode facilmente caracterizar formação de milícia.

RELEMBRE

Não bastasse, como já revelado, o desvio de dinheiro para enriquecimento ilícito e financiamento de campanhas eleitorais milionárias; o emprego de recursos para financiar jornalistas e blogueiros que defendiam e ainda defendem seus interesses na mídia;

Não bastasse o uso do próprio sobrinho, Rômulo Trovão, na empresa Tempo para pagamento de obras superfaturadas; a coação de funcionários da Secretaria de Saúde – SES para atestar serviços não realizados; o uso da SES como balcão de negócios para ganhar vantagens políticas;

Não bastasse usar até defunto como sócio de empresa de fachada para desviar dinheiro; a cobrança de propina de 30% revelada em interceptação telefônica; o relatório da PF está recheado de outros detalhes escandalosos sobre a atuação da organização criminosa que agia na Saúde sob comando de Ricardo.

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