“Estavam acostumados a privilégios historicamente acumulados. Viviam emprenhados na máquina pública. Havia a cultura patrimonialista, com apropriação de recursos para fins privados”
Em um dos momentos da entrevista ao jornalista Mário
Sérgio Conti, na Globo News, na noite de quinta-feira (29), o governador Flávio
Dino (PCdoB) foi indagado sobre o comportamento da oligarquia Sarney em relação
ao seu governo, se há algum tipo diálogo ou apoio. De pronto, o governador
disse que, ao contrário, existe uma oposição visceral ao governo, com reação
aguda e agressiva por conta do fim de privilégios, sem considerar que outros atores se colocaram à frente da máquina pública legitimados pelo voto popular.
“Estavam acostumados a privilégios historicamente acumulados. Viviam
entranhados na máquina pública. Havia a cultura patrimonialista, com apropriação de recursos para fins
privados”, disse o governador, acrescentando que essa é uma página virada e que
o governo não vai para o bate-boca em praça pública.
“Procuramos fazer o nosso trabalho. Essa é nossa
principal defesa, com a apresentação de resultados. Respeito as vozes
dissonantes. Faz parte da vida democrática. A oposição ajuda o governo”,
acrescentou, deixando claro que não tem relação de intolerância.
Sobre a mudança, Flávio Dino disse que o Estado
cansou e que precisava de um momento novo.
“É um Estado muito rico, belíssimo, maravilhoso,
lindo, forte, com energia, porto, ferrovia, agricultura, gente e recursos
humanos, mas é conhecido por tragédias. É uma assimetria insuportável. Foi essa
assimetria – entre Estado rico e povo pobre – que conduziu o movimento popular
vitorioso”, disse.
Ouça trechos da entrevista
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