segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Máquina pública será decisiva nas eleições de 2016, preveem políticos

Sem doações de empresas, administrações terão papel decisivo no pleito.
Levantamento da ONG Transparência Brasil mostra que as campanhas municipais custaram R$ 4,6 bilhões há quatro anos 

POR EDUARDO BRESCIANI
O GLOBO

Os partidos políticos começam os preparativos para a primeira campanha sem doações de empresas privadas prevendo estruturas menores e um peso ainda maior das máquinas governamentais. Tesoureiros e dirigentes das principais legendas, ouvidos pelo GLOBO, avaliam que, como não há cultura de doação por pessoas físicas e o dinheiro do Fundo Partidário é pouco para cobrir os custos, a disputa nas cidades será com muito improviso e criatividade.

— Estamos conversando com os candidatos e a militância para explicar que vivemos um outro momento, que a campanha será mais simples, mais militante, mais corpo a corpo, mais diálogo. Será uma campanha mais modesta, sem a suntuosidade que estava acontecendo — diz o ex-deputado Márcio Macedo, tesoureiro do PT, sigla que lançou campanha para tentar aumentar a arrecadação entre os filiados.

Levantamento da ONG Transparência Brasil mostra que as campanhas municipais custaram R$ 4,6 bilhões há quatro anos; em 2014, nas eleições nacionais e estaduais, o financiamento superou R$ 5 bilhões. Enquanto isso, o Fundo Partidário para ser repartido entre todas as legendas este ano será de R$ 819 milhões. O valor é menor do que o de 2015 (R$ 867,5 milhões), mas quase três vezes maior do que o de 2014 (R$ 289,5 milhões). Esse dinheiro, porém, tem como finalidade a manutenção dos partidos; o uso nas campanhas seria apenas com o que sobrar.

A avaliação nos partidos é que os prefeitos e os candidatos apoiados pelas máquinas estaduais e federal terão maiores chances. Eles poderão contar como reforço para suas campanhas dos milhares de funcionários contratados pelas administrações, além da ajuda de fornecedores.

— O financiamento de pessoas físicas não tem cultura no Brasil. Então, ou serão candidatos muito ricos que tem condição de financiar a própria campanha ou serão os da máquina. Vai tornar ainda mais desigual a eleição — avalia o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), tesoureiro do partido. — Quem estiver no poder vai chegar para aquele que tem contrato de R$ 1 milhão e dizer: “Você vai pagar parte do programa de rádio ou de TV. Se não, encerro o contrato amanhã”. Será um horror.

— Essa configuração fortalece a máquina, quem nomeia, contrata. Seria interessante fiscalizar cargos e despesas de janeiro a junho, para ver que tipo de acordo está acontecendo — diz o deputado Rodrigo Maia (RJ), da executiva nacional do DEM.

Alguns políticos ponderam, porém, que a máquina poderá atrapalhar, se o candidato não tiver o que mostrar, especialmente em momento de penúria administrativa.

— Se isso fosse em um momento da máquina atendendo a demandas, com capacidade de responder no dia a dia da cidade, seria uma covardia. Mas hoje a máquina tem também um passivo de desgaste da administração neste cenário que vivemos. Então, fica com esse ônus também — observa o ex-deputado Guilherme Campos, presidente em exercício do PSD.

Outros creem ainda que a fiscalização poderá inibir um pouco a desigualdade. Secretário-geral do PSDB, o deputado Sílvio Torres (SP) acredita que a prática de caixa dois será coibida, até porque os financiadores evitarão correr riscos diante de os reflexos da Operação Lava-Jato:

— O caixa dois com certeza vai diminuir muito. Não só os candidatos vão ter mais cuidado, mas os patrocinadores vão se retrair, não vão querer entrar nessa fria. O TSE está prometendo uma fiscalização mais rigorosa sobre a aparência das campanhas, e o Ministério Público diz que vai avaliar essas campanhas muito caras de perto. Esperamos que isso aconteça — diz.

Com os cofres vazios, os partidos devem ser mais criteriosos na seleção dos candidatos que receberão apoio financeiro. Rodrigo Maia diz que o DEM deve priorizar a manutenção das duas capitais que administra (Salvador e Aracaju). Torres afirma que o PSDB começou um mapeamento nas cidades em que há programa de TV para verificar os candidatos mais competitivos.

A certeza de todos é que, nestas eleições, toda a experiência dos pleitos anteriores de pouco valerá, e que é preciso buscar novas soluções.

— Será como no filme “Jornada nas Estrelas”: rumo ao desconhecido — brinca Campos, do PSD.

Um comentário:

  1. Boa tarde nobre amigo! Chegamos ao final do mês de janeiro, e consequentemente nosso prazo entra em contagem regressiva, tendo em vista que em abril chegaremos a final da validade do concurso de servidores do TJMA 2011. Como as convocações não vem acontecendo, pelos problemas orçamentários que o TJ vem enfrentando, visualizamos uma saída, que seria uma nova prorrogação do concurso. Isso permitiria que o Tribunal tivesse mais tempo para executar as convocações e daria mais esperança aos aprovados que aguardam ansiosos por uma chance de ingresso no serviço público. Destacamos que não haveria prejudicados, pois não existe edital para um novo concurso, sendo assim, o Tribunal não teria gastos em realizar um novo certame, e nós passaríamos a contar com um tempo maior para futuras convocações. Continuaremos postando semanalmente, e contamos com a sua ajuda/compreensão para que possamos utilizar seu espaço – como já temos feito nos últimos meses – para a divulgação semanal de nossa causa e possível solução! Gratos pela oportunidade!

    Segue a Lista dos aprovados dos Comissários de Justiça para São Luis-MA:

    Comarca: São Luis

    ANGELO CRUZ ALMEIDA DE SOUSA
    CAROLINA DOS SANTOS MENDONÇA LIMA
    RICARDO BRUNO BECKMAN SOARES DA CRUZ
    CAROLINE DE OLIVEIRA RABELO
    CARLOS OTÁVIO FREIRE FRANCO
    ÍTALO COELHO ALBUQUERQUE
    FERNANDO JOSÉ ANDRADE SALDANHA
    GABRIELA CARVALHO RIBEIRO
    MÁRCIO HENRIQUE ALMEIDA PORTELA
    RODOLPHO SILVA OLIVEIRA
    MÁRIO GONZAGA MATOS DOS REIS JÚNIOR
    CÁSSIA ELENE BORRALHO DOS SANTOS
    PÂMELA ALESSANDRA BORGES DE SOUSA
    LEANDRO SALDANHA DE ALBUQUERQUE
    JAMILLE BARROS CAMPELO
    HEIDY KELLEM SOUSA
    VANESSA CRISTINA RAMOS FONSÊCA DA SILVA
    DIEGO SANTA BRIGIDA CUBA
    DIEGO CARVALHO DE SOUSA
    THIAGO DE SOUSA
    DIANA DOS SANTOS TELES
    FERNANDA PROTÁSIO VERAS
    BETHANIA BELCHIOR COSTA
    PAULA CRISTIANE SALDANHA VIANA
    RAÍSSA MOREIRA LIMA MENDES
    WESCLEY PAZ SOUSA
    CARLA CHRISTINA DA SILVA ALLEN
    NEILA MARILDA SOARES MORAES
    CÁCIA SAMIRA DE SOUSA CAMPOS
    FRANCISCO LEONARDO SILVA JUNIOR
    JULIO CÉSAR NEVES SANTOS
    LUIS GUILHERME BITTENCOURT SILVA
    PATRÍCIA CASTELO BRANCO AZEVEDO
    SHIRLEYANNE DA SILVA BRITO
    WELISSON FERNANDO MORAES DE SOUSA
    WEBER DE RIBAMAR PENHA CORREA
    RAILSON CASTRO DE SOUZA
    ROGÉRIO DE LIMA REIS ARAÚJO
    SUELEN MARIA RODRIGUES SOUSA
    THAÍSA HELENA PEIXOTO CASTELO BRANCO
    MARCELO RODRIGUES ERICEIRA
    LEONARDO JOSÉ DIAS CORDEIRO
    AESKA DAMASCENO GUIMARÃES
    GLEYCIANNE ARAUJO ALVES
    GRACIELLE CRISTINA LIMA PEREIRA
    JAILSON DOS SANTOS COSTA

    ResponderExcluir