Em
Tietê, neste domingo (6), o vice-presidente participou do aniversário de uma
escola onde estudou. Falando para empresários, prometeu trabalhar para unir esforços entre o Legislativo, o Executivo, o
Judiciário e os setores produtivos, pois é inadmissível que um país como o
Brasil hoje tenha milhões e milhões de desempregados. A iniciativa privada,
prestigiada pelo poder público, pode gerar empregos.
Sem emitir nenhuma opinião sobre a operação
da PF contra o ex-presidente Lula - que tem o objetivo de fragilizar também a
presidente Dilma – e nem sobre o processo de impeachment, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) segue percorrendo o país com
um discurso de pacificação e maior harmonia entre Poderes.
Chamado de ‘capitão do golpe’ por Ciro Gomes, o vice age como se estivesse se preparando para assumir o poder. O sonho
de parte do PMDB, sob a liderança de Eduardo Cunha, ainda presidente da Câmara - que deflagrou o processo de impeachment - é que Dilma Roussef, encurralada e sem condições de governar,
opte pela renúncia, entregando o cargo de bandeja para Temer. Ele tem procurado manter distância do Palácio do Planalto nos momentos mais agudos da crise.
Segundo reportagem da Folha de São Paulo
deste domingo (6), o vice-presidente Michel Temer compareceu no aniversário da
sua cidade natal, Tietê e fez discurso
de união, onde defendeu a "harmonia entre os Poderes da República" e
a "conexão do capital com o trabalho" como fundamentais para tirar o
Brasil da atual crise política e econômica.
Após o discurso proferido na solenidade,
na escola em que estudou, no centro de Tietê, Temer saiu sem falar com a
imprensa e evitou comentar sobre a mais recente fase da Operação Lava Jato, que
obrigou o ex-presidente Lula a depor.
No evento, o peemedebista falou da
Caravana da Unidade, uma iniciativa de seu partido que já passou por 19
Estados, e de como ela se transformou, segundo ele, em uma "caravana da
unidade do país". A presidente Dilma Rousseff não foi citada em nenhum
momento.
"Hoje, o que o país mais precisa é
de unidade, de reunificação, um instante em que todos têm que dar as mãos para
tirar o país da crise", disse.
"Vamos unir esforços, o
Legislativo, o Executivo, o Judiciário, os setores produtivos, porque é
inadmissível que um país como o Brasil hoje tenha milhões e milhões de
desempregados. É a iniciativa privada, prestigiada pelo poder público, que pode
gerar empregos", disse, para uma plateia de empresários locais.
"Essa conexão do trabalhador com o
empresário, ou do capital com o trabalho, é fundamental. Em vez de separações,
divisões entre a sociedade brasileira, nós precisamos de um somatório da
sociedade brasileira."
Para Temer, o governo precisa recuperar
a confiança dos brasileiros, pois é preciso que a sociedade esteja
"pacificada" para o governo conseguir trabalhar.
"A harmonia entre os Poderes da
República é uma coisa fundamental. Não somos donos do poder, somos meros
exercentes do poder. Hoje eu vejo muita desarmonia entre o Legislativo e o
Executivo, e, às vezes, o Judiciário [...] Toda vez que há uma desarmonia, está
havendo uma inconstitucionalidade", concluiu, referindo-se à determinação
expressa na Constituição de que os Poderes devem ser harmônicos entre si.
Temer não fez menção direta ao processo
de impeachment da presidente Dilma Rousseff aberto na Câmara por seu
correligionário, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Informações da Folha de São Paulo (com redação do blog)
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