As ações de segurança penitenciária evoluíram nos últimos meses, com a implantação de um Sistema de Informação e Inteligência em Segurança Penitenciária – SIISP e o Circuito Fechado de Televisão – CFTV, diminuição de fugas e mortes, além da realização de concurso público para especialista e técnico penitenciário.
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Governador destacou esforços dos três poderes e sociedade civil para transformar realidade das unidades prisionais do Maranhão. |
Representantes do Tribunal de Justiça,
Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil, Poder
Executivo e Legislativo, sociedade civil, sindicatos e associações relacionadas
ao sistema penitenciário participaram da 2ª Reunião do Comitê de Gestão
Integrada do Sistema Penitenciário nesta quinta-feira (17), no Palácio dos
Leões. No encontro, os participantes ratificaram os avanços alcançados durante
os últimos meses no sistema prisional do Maranhão.
O governador Flávio Dino participou da
reunião e destacou que o Estado está procurando empreender esforços e
implementar ações que garantam, progressivamente, a melhoria dos indicadores
atinentes ao funcionamento do sistema penitenciário. Ele ressaltou a
participação dos órgãos de várias instâncias do judiciário, legislativo e da
sociedade civil em geral, em relação à união de forças para transformar a
realidade das unidades prisionais do Maranhão.
Segundo Flávio Dino, a secretaria de
Estado de Administração Penitenciária fez questão de apresentar dados,
indicadores e informações, para que, além do Governo, outros segmentos do
Estado e da sociedade “possam participar dessa reflexão, dessa avaliação, pra
que nós possamos confirmar caminhos, edificar outros, fortalecer iniciativas,
demandar novas políticas, novas ações que visem a concertação de metas e
objetivos capazes de assegurar o respeito pleno do princípio da dignidade da
pessoa humana”.
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Desembargador Fróz Sobrino fez uma apresentação mostrando os avanços das ações do Tribunal de Justiça. |
Para o desembargador José de Ribamar Fróz
Sobrinho, presidente do grupo de monitoramento do Sistema Carcerário do TJ/MA,
a reunião do comitê é positiva, pois o sistema prisional do Estado é
multi-institucional, e, com a organização dos entes envolvidos, é possível fazer
uma gestão integrada.
“Então, que o meu cronograma flua com os ditames do
Governo, da área de direitos humanos, para que todos os entes possam agir
conjuntamente. Os números são positivos em relação a isso”, relatou o
desembargador, que fez uma apresentação mostrando os avanços das ações do
Tribunal de Justiça.
A defensora pública geral do Maranhão,
Mariana Albano de Almeida, apresentou o balanço das atuações da Defensoria
Pública no ano de 2015 e destacou que o órgão participa ativamente do comitê e
reconhece os progressos alcançados.
“Junto com a Secretaria de Administração
Penitenciária, dentro das atribuições institucionais, estamos buscando as
melhorias necessárias para o sistema penitenciário maranhense”, reiterou.
Avanços
A 2ª Reunião do Comitê de Gestão
Integrada do Sistema Penitenciário contou com a apresentação do andamento das
atividades de vários órgãos. O secretário de Administração Penitenciária,
Murilo Andrade, enumerou os avanços obtidos pelo Governo em três eixos: modernização
do sistema penitenciário, infraestrutura e diminuição da superlotação;
humanização e ressocialização; e Segurança penitenciária.
Com menos de um ano do acordo assinado
com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a reestruturação do sistema penitenciário,
o Governo apresenta a grande maioria das demandas já atendidas. O secretário
expôs que, em seis meses, 964 novas vagas foram criadas, com a reforma e
ampliação de unidades prisionais em Balsas, Açailândia, Imperatriz, Pinheiro e
Pedreiras.
O secretário exibiu várias
revitalizações e inovações arquitetônicas implementadas nas penitenciárias do
Estado, bem como a manutenção e higiene pessoal, que contou com a distribuição
de 63 mil kit’s de higiene, 20 de fardamento e 6400 colchões, além da melhoria
da alimentação dos detentos, atestada pelo conselho penitenciário. Outra meta
cumprida com o CNJ foi em relação à Associação de Proteção e Assistência ao
Condenado (APAC), que hoje conta com 223 vagas.
Murilo Andrade também exibiu avanços nas
ações de humanização e ressocialização. Na área da saúde, 6 mil testes rápidos,
15 mil imunizações, 3200 consultas médicas e 68.159 atendimentos fizeram o
sistema penitenciário cumprir a meta do CNJ. Na assistência jurídica, 28.496
consultas processuais individualizadas foram realizadas também obedecendo às
metas do Conselho. No campo do trabalho e renda e a implantação do Núcleo de
Assistência às Famílias (NAF), além de avanços na educação, também foram
constatados no relatório.
As ações de segurança penitenciária
evoluíram nos últimos meses, com a implantação de um Sistema de Informação e
Inteligência em Segurança Penitenciária – SIISP e o Circuito Fechado de
Televisão – CFTV, diminuição de fugas e mortes, além da realização de concurso
público para especialista e técnico penitenciário.
De acordo com Murilo Andrade, os
desafios ainda são muitos, sobretudo na questão estrutural, para dar melhor
condição para os presos. “Temos que também trabalhar na ressocialização, que é
o nosso maior gargalo hoje, e que a gente vem avançando no aumento de presos
trabalhando e estudando, elevando escolaridade das pessoas, capacitando essas
pessoas pra que a gente consiga retorná-las para a sociedade melhor do que
entraram”, concluiu o secretário.
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