Ex-presidente participou, neste sábado,
de ato pela democracia em Fortaleza. Ele ainda disse ter a expectativa de
assumir a Casa Civil nesta semana.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva foi às ruas, neste sábado (2), em Fortaleza (CE), para um ato em favor da
democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Durante a manifestação,
ele cobrou responsabilidade do vice-presidente da República, Michel Temer.
“Eu perdi muitas eleições. E eu quero
que ele (Temer) aprenda sobre as eleições. O Temer é um professor de direito e
sabe que o quê estão fazendo é um golpe. E isso, ele sabe que vão cobrar é dos
dos filhos dele, é do neto dele amanhã. Porque a forma mais vergonhosa de
chegar ao poder é tentar derrubar um mandato legal“, condenou Lula.
O ex-presidente ainda garantiu ao povo
que, se o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar, esta semana ele assumirá a
Casa Civil para contribuir com o governo Dilma. “Quinta-feira, eu estarei
assumindo a Casa Civil, se a Suprema Corte aprovar, para ajudar a presidente
Dilma, andar de mãos dadas com ela e com vocês, para criar condições de
melhorar a vida do povo. Nós temos que garantir a governabilidade à Dilma”,
disse.
Ele cobrou que os opositores ao governo
expliquem os motivos de tanto “ódio” contra Dilma.
“Será que é ódio por que a empregada
doméstica passou a ter direito neste país? Será que é ódio por que filho de
pobre, negro, da periferia, passou a fazer faculdade? Será que é ódio por que
22 milhões de empregos foram gerados em 12 anos? Será que o ódio é por que
todos os trabalhadores organizados tiveram aumento de salário? Será que é por
causa do Fies, do Pronatec, das escolas técnicas, do Minha Casa Minha Vida, do
Bolsa Família e do aumento real do salário minimo: Eles precisam explicar
porque tanto ódio da primeira mulher que preside o país”, questionou o
ex-presidente.
“Eu estou estranhando um pouco o que
está acontecendo no nosso país. Eu completei 70 anos de idade. Vivo nesse país
fazendo política e nunca vi um clima de ódio estabelecido no país como está
estabelecido agora. Aqueles que amam a democracia aqueles que gostam de fazer
política querem que se respeite a coisa mais elementar, que é o respeito ao
voto popular que elegeu a Dilma”, completou.
O ex-presidente voltou a reforçar que a
presidenta não cometeu nenhum crime de responsabilidade e nenhuma
irregularidade. Lula ainda classificou como “golpistas” o que defendem o
impeachment.
“Ninguém aqui é contra o impeachment que
está na Constituição com base legal, por crime de responsabilidade, mas Dilma
não cometeu nenhum crime, nenhuma irregularidade; por isso, defender
impeachment hoje é, sim, ser golpista neste país. A melhor forma de chegar ao
poder é pelo voto; o resto é golpe. Vamos falar para o Cunha e para o Temer:
não vai ter golpe!”, avisou Lula.
A manifestação pela democracia aconteceu
na Praça do Ferreira, no centro de Fortaleza. De acordo com estimativas da
organização, cerca de 50 mil pessoas participaram do ato. O presidente nacional
do PT, Rui Falcão; o governador do Ceará, Camilo Santana; o presidente do
PT-CE, De Assis Diniz; o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas; os
senadores da República José Pimentel (PT-CE), Regina Sousa (PT-PI) e Humberto
Costa (PT-PE); os governadores do Piauí, Wellington Dias (PT), do Rio Grande do
Norte, Robinson Faria (PSD), da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), deputados
federais e estaduais, prefeitos e vereadores petistas e de outros partidos
também fizeram parte da mobilização.
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