Presidente reagiu ao editorial "Nem Dilma, nem Temer", em que o
jornal Folha de S. Paulo pede a renúncia dos dois.
"Jamais renunciarei", disse a presidente Dilma Rousseff, em sua
página oficial no Facebook, neste domingo (3). Foi uma resposta ao editorial
“Nem Dilma, nem Temer”, do jornal Folha de S.Paulo, que defende a renúncia da
presidente e do vice.
O jornal diz que a saída voluntária livraria o país de uma presidente que
"perdeu as condições de governar", sem o desgaste de um processo de
impeachment movido por "vários motivos, nenhum deles irrefutável".
Michel Temer "tampouco dispõe de suficiente apoio na sociedade" e o
presidente da Câmara Eduardo Cunha, terceiro na linha sucessória, deve ser
afastado, diz o texto.
O vídeo exibido na página da presidente é uma junção de falas de Dilma
Rousseff ao longo da semana, em eventos realizados no Palácio do Planalto, onde
ela reafirmou a determinação de continuar resistindo ao golpe e de não
renunciará ao mandato.
“Aqueles que querem a renúncia estão, ao propô-la, reconhecendo que não há uma base real para pedir a minha saída desse cargo. Não cometi nenhum crime
previsto na constituição e nas leis para justificar a interrupção do meu
mandato. Devo ao povo brasileiro o respeito pelos votos que me deram. Não cabem
meias palavras: o que está em curso é um golpe contra a democracia. E eu não
compactuarei com isso. Por isso, não renuncio em hipótese alguma”, diz a
presidente no vídeo.
“Setores da sociedade favoráveis à saída de Dilma, antes apoiadores do
impeachment, agora pedem sua renúncia. Evitam, assim, o constrangimento de
respaldar uma ação ‘indevida, ilegal e criminosa’. Ao editorial da Folha de
S.Paulo publicado neste domingo (3), fica a resposta da presidenta: ‘jamais
renunciarei’”, diz a página oficial da presidente.
O vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha,
não comentaram o editorial.
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