sexta-feira, 1 de abril de 2016

O grito das ruas: NÃO VAI TER GOLPE!

Foi um duro recado aos golpistas de plantão: não vai ter golpe! Foram milhões de vozes que ecoaram pelo país neste dia 31 de março, data da tomada do poder pelo golpe militar de 1964. As manifestações que tomaram conta do país mostraram a determinação de um povo disposto a lutar bravamente para evitar que o país sofra um retrocesso sob o comando do que existe de mais podre na política brasileira: o PMDB e seus aliados que sempre estiveram envolvidos em escândalos de corrupção.

Sob o pretexto de se estancar essa corrupção, querem tomar o poder de assalto e golpear as conquistas sociais obtidas nos últimos 13 anos. Os ‘capitães do golpe’ deveriam estar, sim, no banco dos réus, pois o ‘listão da propina’ da Odebrecht mostrou que a maioria já bebeu na fonte da corrupção desde o governo Sarney, na década de 1980. Que moral têm para comandar um golpe contra uma presidente que não cometeu crime de responsabilidade que o justifique? O povo não é bobo e diz não aos golpistas.

O poder Judiciário, atento e preocupado com o clima de convulsão social, deve ter entendido bem o que pode ocorrer se o golpe que está em andamento prosperar. De imediato, como uma tentativa de diminuir as tensões do momento, o STF confirmou a decisão do Ministro Teori Zavascki que havia determinado que o juiz Sérgio Moro encaminhasse a investigação envolvendo o ex-presidente Lula para a Corte. Uma ducha de água fria no juiz que contribuiu para aumentar a fervura da crise com a divulgação indevida de interceptações telefônicas de conversas entre a presidente Dilma – que não é investigada e tem foro privilegiado – e o ex-presidente Lula. O grande desejo de Moro era ter determinado a prisão do ex-presidente.

O recado deve ter sido ouvido no Congresso Nacional, onde está em gestação o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Na sessão da comissão que analisa o processo, muitos parlamentares alertaram: “o povo não vai aceitar essa manobra que está em andamento. O povo está insatisfeito é com a política, com a classe política. Se todos nós renunciássemos aos nossos mandatos, o povo iria aplaudir. Se querem tirar a presidente do poder, que seja através do voto e não através desse tipo de manobra”, disse um dos deputados.

O recado das ruas deve ter ecoado nas hostes do PMDB golpista que viu o que o aguarda em caso de perpetração do golpe. Será um governo ilegítimo, golpista, que não terá sossego com as vozes das ruas. E nenhum governo se sustenta sem ao apoio popular. Seriam dias de tormenta para os golpistas. E o povo mostrou que não permitirá a derrota da democracia, dos preceitos constitucionais e do estado democrático de direito.

Quem pagará para ver o resultado de um novo golpe?

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