
O governador Flávio Dino elogiou a
postura e coragem do deputado Waldir Maranhão que, na manhã de segunda (09),
tomou a iniciativa de anular a admissibilidade do impeachment, acatando recurso
da Advocacia-Geral da União (AGU). Foi uma tentativa de conter o golpe, a
marcha da insensatez, segundo o governador. “O deputado Waldir Maranhão teve a
coragem que poucos tiveram: votou NÃO ao golpe e tentou conter a marcha da
insensatez. Tem o meu respeito”, disse Dino.
Diante da reação pesada de aliados de
partido, que o ameaçaram de expulsão e da possibilidade de enfrentar um
processo de cassação no Conselho de Ética, Waldir Maranhão, no início da noite
de ontem, resolveu voltar atrás e revogar a decisão de anular o impeachment. Quanto
a esse gesto, o governador disse que discorda, mas acredita que pesou a decisão
do Senado em não acatar o pedido de Maranhão, além das dificuldades de se
manter firme diante da onda “consensual” em torno do golpe, como em 1964.
“Em face da decisão do Senado, o deputado
Waldir Maranhão revogou sua decisão sobre o recurso da Advocacia Geral da
União. Discordo, mas respeito. Muito difícil discordar e se manter firme diante
dessa onda avassaladora e "consensual". Foi assim em 1964 e está
sendo assim novamente”, ressaltou.
Mesmo enfrentando uma onda avassaladora
de críticas de segmentos que apoiam o golpe e de ataques covardes nas redes
sociais, o governador mantém a altivez e a disposição em continuar na luta
contra o golpe. “Orgulho-me de defender a Constituição, a Democracia e o Estado
de Direito, princípios que estão muito acima de conjunturas difíceis”,
finalizou.
Confira outros tweets do governador
sobre o golpe:
Lembro-me
sempre do deputado Tancredo Neves se opondo a Auro Moura Andrade em noite
tenebrosa e "consensual" no Congresso em abril de 1964.
Parabenizo
o grande jurista José Eduardo Cardoso, irreparável na defesa competente e séria
do mandato constitucional da presidenta Dilma.
E
segue a luta em defesa do mais longo ciclo democrático da vida institucional
brasileira. Estamos diante de um absurdo político e jurídico.
Além
das manifestações de juristas do Brasil, chamo atenção à posição do secretário
geral da OEA e do presidente da Corte Interamericana".
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