Durante a reunião, o governador Flávio Dino destacou que o combate aos incêndios criminosos vai muito além da repressão das forças policiais. De acordo com ele, a situação é complexa e tem raízes profundas em razão das múltiplas injustiças de uma sociedade profundamente desigual do ponto de vista social, que é a causa principal de todas as violências.
O Governo Flávio Dino realizou, nesta
terça-feira (24), no Palácio dos Leões, mais uma reunião para avaliar as ações
de combate aos incêndios criminosos a ônibus e definir novas estratégias das
forças de segurança do Estado. Ele destacou os esforços do sistema de Segurança
Pública que estão resultando em maior controle da situação, e a entrada do
efetivo da Força Nacional de Segurança para complementar o trabalho realizado
pelas polícias maranhenses.
Para o governador, o acompanhamento
diário e a atenção total das forças de segurança do Estado têm surtido efeito,
e a união entre os Sindicatos das Empresas de Transporte de Passageiros de São
Luís (SET), dos Rodoviários do Maranhão (Sttrema), e órgãos do Governo como a
Agência de Mobilidade Urbana (MOB) e o Procon, estão sendo essenciais no
combate as ações criminosas.
Flávio Dino enfatizou também a chegada
do efetivo da Força Nacional para auxiliar nas ações. “Hoje eles vão chegar e
serão progressivamente engajados sob o comando do nosso sistema de segurança,
somando as medidas relativas à prevenção, com a participação dos sindicatos,
tanto de empresários como dos rodoviários, a atuação do nosso sistema de
segurança, as medidas adotadas na penitenciária e pelo poder judiciário, creio
que a gente vai conseguir debelar essa situação”, realçou o governador.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel
Frederico Pereira, ressaltou que a dinâmica das ações vai continuar a mesma,
tanto na parte ostensiva, como no serviço de inteligência, ocupando pontos
estratégicos para evitar novas ocorrências. “Nós vamos ampliar o número de
policiais militares envolvidos na operação. As ações continuarão coordenadas
pelo sistema de segurança agora com o auxílio também da Força Nacional”,
explicou.
O secretário de Segurança Pública,
Jefferson Portela, fez uma avaliação demonstrando que, até o momento, já foram
efetuadas mais de 60 prisões, várias autuações em flagrante e conversão das
prisões em flagrante em preventivas desde a última quinta-feira (19), quando os
incêndios criminosos tiveram início. “De modo que hojefoi apresentado o que
faremos nas próximas horas e nos próximos dias de prontidão do sistema para uma
repressão qualificada a esses atos de vandalismo”, esclareceu.
O presidente do Sindicato dos
Rodoviários do Maranhão (Sttrema), Isaías Castelo Branco, alertou para a onda
de boatos que tem se espalhado nos últimos dias de pessoas que querem
aterrorizar a cidade. “É importante esse trabalho que vem sendo feito na unificação
das forças das policiais, assim como também com os trabalhadores e o sindicato
dos empresários, cruzando as informações e a partir daí tem como a polícia
montar linhas de investigações e tentar coibir esse tipo de crime”,
complementou Isaías.
Problemas
sociais
Durante a reunião, o governador Flávio
Dino destacou que o combate aos incêndios criminosos vai muito além da
repressão das forças policiais. De acordo com ele, a situação é complexa e tem
raízes profundas em razão das múltiplas injustiças de uma sociedade
profundamente desigual do ponto de vista social, que é a causa principal de
todas as violências.
“São pequenos grupos inorgânicos, muitas
vezes quase células autônomas, que tem como marca o recrutamento muito agudo de
jovens, fruto da situação social dos bairros mais pobres. A negação total de
direitos, de oportunidades, de cultura, esporte, trabalho, educação, gera uma
massa, quase um exército industrial de reserva, para essas quadrilhas”,
analisou o governador.
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