Inquérito
aberto em agosto de 2015 aponta que, após investigação para apurar crimes
previdenciários, policiais federais teriam solicitado propina 'para deixar de
agir em desfavor de determinadas pessoas'

Julia Affonso e Fausto Macedo
O Estado de São Paulo
Habituada a prender empresários,
doleiros e servidores públicos de vários órgãos públicos por corrupção e
fraudes, a Polícia Federal agiu dentro de sua própria casa nesta quinta-feira,
14, ao deflagrar a Operação Inversão que culminou com a prisão de dois agentes
da corporação por suspeita de envolvimento em um esquema de propinas na área
previdenciária.
Foram presos os delegados da PF
Ulisses Francisco Vieira Mendes, ex-chefe da Deleprev, hoje aposentado, Rodrigo
Cláudio de Gouvea Leão e Carlos Bastos Valbão, da mesma delegacia.
A Inversão cumpriu 23 mandados
de busca e apreensão, 4 de condução coercitiva e 13 de prisão preventiva, todos
na capital paulista e na Grande São Paulo.
A pedido da PF, um quarto
policial foi afastado preventivamente de suas atividades por ordem da 9.ª Vara
Criminal Federal de São Paulo.
O inquérito foi aberto em agosto
de 2015. De acordo com a Federal, a corporação foi informada que, após
investigação para apurar crimes previdenciários, policiais federais teriam
solicitado propina ‘para deixar de agir em desfavor de determinadas pessoas’.
A PF informou que os
investigados serão indiciados e responderão, na medida de suas participações,
pelos crimes de corrupção ativa e corrupção passiva. Os presos estão na sede da
PF em São Paulo, onde permanecerão à disposição da Justiça.
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