Em
mais da metade das capitais, candidatos que se elegeram juntos em 2012
concorrem ou apoiam neste ano chapas diferentes; motivos são locais e nacionais
Igor Gadelha,
O Estado de S. Paulo

As alianças entre prefeito e vice foram
desfeitas tanto por motivos locais, que incluem discordâncias e disputa de
poder na cidade ou no Estado, quanto nacionais, como o processo de impeachment
da presidente afastada Dilma Rousseff. O afastamento da petista provocou
rompimentos de alianças entre partidos contrários e favoráveis à saída da
petista, principalmente PT e PMDB.
Um desses casos é o Rio de Janeiro. Na
capital fluminense, o atual vice-prefeito, Adilson Pires (PT), apoia a
candidatura a prefeito da deputada Jandira Feghali (PCdoB), que terá como
candidato a vice o petista Edson Santos. Após o impeachment de Dilma, o PT
desistiu de apoiar o nome do deputado federal Pedro Paulo (PMDB). Ele disputa o
comando da cidade com apoio do atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB).
O desgaste político entre PT e PMDB
também contribuiu para a ruptura entre o prefeito de Goiânia (GO), o petista
Paulo Garcia, e seu vice, o peemedebista Agenor Mariano. Os dois romperam em
dezembro do ano passado, após o início do processo de impeachment de Dilma na
Câmara. Na eleição, Garcia, que não pode se reeleger, apoiará Adriana Accorsi
(PT). Já Mariano apoia Iris Rezende (PMDB).
Na disputa
Em Fortaleza (CE), Salvador (BA), Manaus (AM) e Palmas (TO), os prefeitos e vices eleitos em 2012 vão disputar a eleição em chapas diferentes. Na capital cearense, o atual prefeito, Roberto Cláudio (PDT), tentará a reeleição sem o apoio de seu atual vice, Gaudêncio Lucena (PMDB). O peemedebista tenta se reeleger vice-prefeito da cidade na chapa do deputado estadual Capitão Wagner (PR).
Em Fortaleza (CE), Salvador (BA), Manaus (AM) e Palmas (TO), os prefeitos e vices eleitos em 2012 vão disputar a eleição em chapas diferentes. Na capital cearense, o atual prefeito, Roberto Cláudio (PDT), tentará a reeleição sem o apoio de seu atual vice, Gaudêncio Lucena (PMDB). O peemedebista tenta se reeleger vice-prefeito da cidade na chapa do deputado estadual Capitão Wagner (PR).
O rompimento entre prefeito e vice de
Fortaleza aconteceu nas eleições de 2014. Na época, Roberto Cláudio, que faz
parte do grupo político dos irmãos Ciro e Cid Gomes (PDT), apoiou Camilo
Santana (PT) para governador do Estado, preterindo a candidatura de Eunício
Oliveira, líder do PMDB no Senado. Até então, os dois grupos políticos eram
aliados no Estado.
Em Salvador, o prefeito Antônio Carlos
Magalhães Neto (DEM) disputa reeleição sem o apoio de sua atual vice, Célia
Sacramento (PPL). Ela foi preterida por ACM Neto, que escolheu o deputado
estadual Bruno Reis (PMDB) como vice.
“O PMDB é o maior dos 15 partidos da
minha coligação. Além disso, ela (Célia Sacramento) mudou do PV para o PPL, que
não tem tempo de TV”, justificou ACM. Sem conseguir emplacar na vice, Célia se
lançou candidata a prefeita com uma vice de seu partido na chapa.
Chapas
Nas capitais do Tocantins e do Amazonas, os vice-prefeitos eleitos em 2012 chegaram a renunciar aos cargos e, no pleito deste ano, tentam se eleger para o comando das cidades em chapas adversárias às dos prefeitos. Em Palmas, Sargento Aragão (PEN) renunciou à vice-prefeitura antes mesmo de tomar posse e, neste ano, tenta se eleger prefeito em chapa adversária à do atual gestor, Carlos Amastha (PSB).
Nas capitais do Tocantins e do Amazonas, os vice-prefeitos eleitos em 2012 chegaram a renunciar aos cargos e, no pleito deste ano, tentam se eleger para o comando das cidades em chapas adversárias às dos prefeitos. Em Palmas, Sargento Aragão (PEN) renunciou à vice-prefeitura antes mesmo de tomar posse e, neste ano, tenta se eleger prefeito em chapa adversária à do atual gestor, Carlos Amastha (PSB).
O atual prefeito de Manaus, Arthur
Virgílio Neto (PSDB), também tentará a reeleição tendo como adversário o vice
que se elegeu com ele em 2012, Hissa Abrahão (PDT). O pedetista rompeu com o
tucano ainda em 2013. No ano seguinte, se elegeu deputado federal e renunciou
ao cargo municipal. Neste ano, tenta se eleger prefeito. Virgílio Neto, por sua
vez, escolheu o deputado federal Marcos Rotta (PMDB) para a vice.
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