Ao concluírem a análise, os auditores afirmam que Braide foi negligente ao deixar se exaurir um contrato de serviços essenciais e ter que contratar emergencialmente, após determinar que a empresa iniciasse a prestação de serviços antes da assinatura do contrato.
Eduardo Braide e Hélder Aragão, ex-prefeito de Anajatuba e acusado de integrar uma organização criminosa que desviou recursos do município |
Ao
longo de toda a campanha para a Prefeitura de São Luís, o deputado Eduardo
Braide (PMN), que disputa o segundo turno contra o prefeito Edivaldo Holanda
Júnior, tem tentado passar para a população que é um administrador exímio,
capacitado e preparado para assumir a gestão da capital. Usa como pano de fundo
e exemplo de gestão sua passagem meteórica pela direção da Companhia de
Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema).
Pelo
que se tem conhecimento, o ‘gestor’ não realizou nenhum feito extraordinário
que o coloque na galeria dos melhores presidentes da empresa. Ao contrário,
Braide é acusado de usar o poder para beneficiar, com dispensa de licitação,
uma empresa - a CBM - que tem um dos sócios dos irmãos como proprietário, como
já foi revelado pelo blog. (clique aqui)
A
imagem de gestor eficiente é desconstruída pelo relatório de umas das
auditorias em contratos firmados na gestão de Braide na Caema. Ao concluírem a
análise, os auditores afirmam que Braide foi
negligente ao deixar se exaurir um contrato de serviços essenciais e ter que
contratar emergencialmente, após determinar que a empresa iniciasse a prestação
de serviços antes da assinatura do contrato.
“E o
pior: deixou transcorrer toda a vigência do contrato emergencial e não adotou
as medidas necessárias para iniciar o processo administrativo do procedimento
licitatório ordinário”, destaca o relatório.
Braide,
ainda segundo o relatório, teve procedimento omissivo e comissivo, ferindo
princípios constitucionais.
“Assim,
com seu procedimento omissivo e comissivo, feriu visceralmente os princípios
constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da eficiência”,
acrescenta o relatório.
No
encerramento, destaca-se que os mesmos problemas foram detectados em vários
processos de dispensa e inexigibilidade de licitação, deflagrados em 2005 e
2006, período da gestão de Eduardo Braide na Caema.
É esse
o ‘gestor’ que está preparado para comandar a Prefeitura de São Luís? Quem é
omisso e não respeita princípios constitucionais na gestão da coisa pública
merece contar com a confiança da população da capital?
Não
custa nada lembrar que o pai de Eduardo Braide, o ex-deputado Carlos Braide, é
acusado de comandar a ‘Máfia de Anajatuba’, envolvida em desvios de recursos de
diversas prefeituras, conforme investigação da Polícia Federal.
Confira o teor da conclusão
de uma das auditorias realizada em contratos da gestão de Eduardo Braide na
Caema.
CONCLUSÃO
No caso presente, o gestor já havia demonstrado negligência
ao deixar se exaurir um contrato ele serviços essenciais e ter que contratar
emergencialmente e, assim mesmo, após determinar que a empresa prestasse
serviços sem cobertura contratual. Ou seja, não teve habilidade administrativa
nem mesmo para deflagrar o processo de contratação direta em tempo hábil.
E o pior: deixou transcorrer toda a vigência do
contrato emergencial e não adotou as medidas necessárias para iniciar o
processo administrativo do procedimento licitatório ordinário.
Muito pior ainda: repetiu o mesmo erro já cometido,
pois nem mesmo iniciou o procedimento de dispensa de licitação antes de se
exaurir a vigência do contrato emergencial, deixando, mais uma vez, a prestação
de serviços pela empresa eleita, em determinado período, sem cobertura contratual.
Assim, com seu procedimento omissivo e comissivo,
feriu visceralmente os princípios constitucionais da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade e da eficiência. Isso sem se levar em conta que,
com a publicação tardia do extraio do primeiro contrato, arranhou o princípio
constitucional da publicidade.
São essas as informações acerca dessas contratações.
Os mesmos problemas já foram detectados em vários processos de dispensa e de
inexigibilidade de licitação deflagrados no exercício de 2005 e no início de
2006.
Confira a íntegra do Relatório de Auditoria em contratos da Caema com a empresa CBM na gestão de Eduardo Braide
Confira a íntegra do Relatório de Auditoria em contratos da Caema com a empresa CBM na gestão de Eduardo Braide
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