A prisão foi decretada no âmbito da Operação Lava
Jato, informou a Polícia Federal
Ricardo
Brandt, Fausto Macedo, Julia Affonso e Mateus Coutinho
O Estado de São Paulo
O presidente
cassado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi preso nesta quarta-feira, 19,
em Brasília. O ex-deputado foi capturado preventivamente perto do prédio dele
na capital por ordem do juiz federal Sérgio Moro.
A
prisão foi decretada no âmbito da Operação Lava Jato, informou a Polícia
Federal.
A
investigação contra Eduardo Cunha sobre contas na Suíça abastecidas por
propinas na Petrobrás estava sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal
(STF). Cassado pela Câmara, o peemedebista perdeu o foro privilegiado perante a
Corte máxima.
Os
autos foram deslocados, então, para a 13ª Vara de Curitiba, base da Lava Jato.
Na segunda-feira, 17, Moro intimou Eduardo Cunha para apresentar sua defesa
prévia em ação penal que atribui ao ex-deputado US$ 5 milhões nas contas
secretas que ele mantinha na Suíça.
Denúncias
A primeira denúncia contra Cunha veio em agosto de 2015, e acusa o parlamentar
de corrupção e lavagem de dinheiro por ter recebido ao menos US$ 5 milhões em
propinas referentes a dois contratos de construção de navios-sonda da
Petrobrás.
Por
unanimidade, o Supremo aceitou a acusação em março deste ano e tornou Cunha o
primeiro político réu na Lava Jato. Nesta denúncia ele responde por corrupção e
lavagem de dinheiro.
No
mesmo mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou a segunda
denúncia contra o peemedebista, desta vez por manter contas não declaradas no
exterior utilizadas para receber propina, também no esquema de corrupção na
Petrobrás. A denúncia teve origem na investigação da Suíça que, graças a um
acordo de cooperação internacional, foi encaminhada ao Brasil para que o
político pudesse ser processado no País.
Mais
uma vez por unanimidade, o Supremo aceitou a acusação contra o parlamentar, que
passou a responder novamente por corrupção, lavagem e, pela primeira vez, por
evasão de divisas.
Em 10
de junho deste ano, Janot apresentou a terceira denúncia contra o peemedebista,
desta vez por suspeita de desviar dinheiro do Fundo de Investimentos do FGTS
(FI-FGTS) nas aplicações que o fundo fazia em obras. A acusação tem como base a
delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto e descreve em
detalhes o suposto esquema ilegal instalado no banco público.
Conforme
o procurador-geral, Cunha solicitava propina de grandes empresas para que Cleto
viabilizasse a liberação de recursos do FGTS. O caso está sob sigilo na Corte e
aguarda uma decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal que não decidiu
ainda se aceita a denúncia.
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