Por JM Cunha Santos
Eduardo Braide e Hélder Aragão, da Máfia de Anajatubra |
O
candidato Eduardo Braide foi massacrado no debate da TV Mirante pelo prefeito
Edivaldo Holanda Júnior. Nesses tempos em que o povo do Brasil inteiro exulta a
cada vez que um corrupto vai parar na cadeia, Edivaldo tornou supérfluos todos
os comentários do adversário ao colocar em pauta as ligações dos Braides com a
Máfia de Anajatuba e mostrar que, além de amigos, assessores e familiares, seu
adversário também estava sendo investigado pela Polícia Federal.
“Eu não sou bandido”, Edivaldo disse no exato
momento do debate em que Eduardo Braide já não podia dizer o mesmo, porque
assessores seus tinham acabado de deixar a cadeia, porque o Ministério Público
Federal chegou a pedir a prisão de Carlos Braide, porque a corrupção tinha sido
noticiada no Fantástico, um dos programas de maior audiência do país. E também
porque há uma investigação da PF em curso contra o candidato do PMN,
determinada por Meira Vasconcelos, um procurador da Justiça Federal.
“Eu
não sou bandido” e o candidato dos Sarney gaguejou, esqueceu palavras no meio
do caminho, titubeou, divagando sobre certidões que não podem inocentá-lo
diante de uma investigação que a Polícia Federal ainda não concluiu.
“Eu
não sou bandido”, disse Edivaldo, mas outros são, porque monitorados, vigiados,
caçados por autoridades policiais. Como sempre foram ante o império do
sarneisismo, nos saguões dos hotéis de luxo onde emissários do governo passado
foram acusados de receber malas recheadas de milhões.
“Eu
não sou bandido”. E não é. Porque nenhum de seus assessores frequentou cadeias,
nunca dispensou licitações para favorecer empresas de parentes e amigos, não
recebeu apoios de comissionados da Operação Faktor, ninguém de suas relações
políticas foi delatado na Operação Lava Jato, jamais teve o nome envolvido em
denúncias de corrupção.
E,
assim, o que sobrou do debate foram teses e antíteses sobre o tratamento do
lixo, sobre a licitação do transporte público, a educação e a saúde pública
porque, nocauteado, Eduardo Braide ficou sem ter mais o que dizer.
Escancarou-se,
pois, o abismo entre a velha política praticada no Maranhão com o sarneisismo,
quando esse Estado não saía das páginas policiais do Brasil e do Mundo e a nova
política que veio com Flávio Dino e Edivaldo Holanda Júnior, sem notícias de
desvios de conduta de autoridades, sem polícia vigiando os inquilinos da
Prefeitura de São Luís e do Palácio dos Leões.
Que
assim seja, o dinheiro do povo aplicado para os afazeres do povo e não sumindo
em contas secretas e paraísos fiscais!
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