SIDNEY GONÇALVES DO CARMO
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
Ao menos 32 pessoas foram detidas na
manhã desta terça-feira (22) durante uma operação da Polícia Civil e do
Ministério Público de São Paulo. Elas são suspeitas de terem ligação com a
facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Entre os presos está o vice-presidente
do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Luiz
Carlos dos Santos, em Cotia (Grande SP). Segundo a investigação, Santos recebeu
do PCC cerca de R$ 130 mil com a finalidade de desestabilizar a segurança
pública do Estado por meio de "falsas denúncias" perante organismos
de proteção dos direitos humanos.
A operação, batizada Ethos, tem como
finalidade desarticular célula criminosa do PCC, denominada de "R",
composta por 40 advogados, sob controle de presos vinculados à organização. A
polícia cumpre 41 mandados de prisão, sendo 40 contra advogados, além de 65 de
buscas e apreensão.
A investigação teve inicio há um ano e
meio e identificou 55 pessoas, das quais 41 estavam em liberdade e contribuíam
para a prática criminosa vinculada à organização. Os demais investigados são
presos que estão no sistema penitenciário paulista –considerados líderes da
facção.
A operação, conduzida pelo Deinter-8
(Departamento de Polícia Judiciário do Interior), acontece em ao menos dez
municípios no Estado de São Paulo, entre eles, a capital paulista, Cotia,
Santos e Presidente Prudente. Ao todo, 703 policiais civis e membros do
Ministério Publico (159 delegados de polícia, 459 policiais civis e 65 promotores
de Justiça) participam da operação.
O Condepe é ligado à Secretaria da
Justiça e Cidadania do governo Geraldo Alckmin (PSDB). A pasta informou que,
apesar de ser ligado à secretaria, o conselho é um órgão independente e tem
autonomia. Por isso, não faria nenhum comentário sobre a prisão de Santos.
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