Servidores, à exceção das
categorias de Educação e Segurança Pública, só irão receber os vencimentos de
novembro em janeiro; pagamentos foram parcelados
Roberta Pennafort
O Estado de São Paulo
RIO - Servidores do Estado do Rio
chegaram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, distribuindo
pão francês e água na chamada “Ceia da Miséria”, ato de repúdio ao atraso no
pagamento de salários pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Eles fecharam
as duas pistas da rua Pinheiro Machado, onde fica o Palácio, no bairro de
Laranjeiras, na zona sul da cidade, após caminhar por algumas quadras, desde o
Largo do Machado, onde a concentração começou às 10h.
Ônibus deixam a via de marcha ré e já há
engarrafamento na região no início desta tarde. A Polícia Militar, que
acompanha o protesto, não estimou o número de participantes, tão pouco os
organizadores.
Participam do protesto servidores das
áreas de educação, saúde, Justiça, segurança, entre outras. Eles relatam
dificuldades para pagar contas durante todo o ano, por causa dos sucessivos
atrasos de salário. O movimento unificado dos Servidores do Estado (Muspe)
informou que já distribuiu mais de 800 cestas básicas, especialmente para
pensionistas do Estado, que estão em último lugar na lista de escalonamento do
pagamento.
O anúncio feito ontem pelo governo de
que os salários de novembro só serão pagos em janeiro de 2017 aumentou ainda
mais a revolta do funcionalismo. “O Rio está triste neste Natal. Se vão pagar
novembro em janeiro, quando pagarão o salário de dezembro? E o décimo terceiro?
Fui privilegiado por ser da Justiça, mas, ainda assim, o Natal será sombrio”,
disse Ramon Carrera, diretor do Muspe.
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