A peça de 37 páginas é assinada por 20 pessoas,
sendo quatro juristas e o restante representantes de movimentos sociais

Isabela Bonfim,
O Estado de S.Paulo

A peça,
com 37 páginas, a que teve acesso o Estado, é assinada por 20 pessoas, sendo
quatro juristas e o restante representantes de movimentos sociais.
"Além de tolerar a conduta ilegal
de Geddel Vieira Lima, há fortes indícios de que o presidente da república usou
da interveniência de dois outros subordinados para consubstanciar o atendimento
a uma solução ao caso, contrária à firme deliberação do ministro titular da
pasta responsável pelo tema, Marcelo Calero", afirma o documento.

De acordo com o pedido de impeachment, a
conduta de Michel Temer caracteriza crime de responsabilidade.
Na descrição dos
fatos, o documento alega que Temer estava ciente da pressão do ex-ministro
Geddel Vieira Lima sobre Calero, mas não impediu sua atuação. Ao contrário,
determinou o encaminhamento do caso à Advocacia Geral da União (AGU).

"A solução proposta de
encaminhamento do processo administrativo à Advocacia Geral da União
artificializou um conflito de órgãos da administração, travestindo de interesse
público um interesse particular de um Ministro de Estado", diz o
documento.
A peça é assinado por Alexandre
Conceição (MST), Carina Vitral (UNE), Carolina Tokuyo (Fora do Eixo), Carolina
Proner (jurista), Clayton (Mídia Ninja), Denildo (Comunidades Negras Rurais
Quilombolas), Edson da Silva (Intersindical), Gabriel dos Santos (ANPG),
Guilherme Boulos (MTST), Ivanete Oliveira (UNEGRO), Juvelino Strozacke (jurista),
Leonardo Yarochevsk (jurista), Luana Pereira (Levante Popular), Lúcia Rincón
(UBM), Marcelo Neves (jurista), Raimundo Bonfim (CMP), Sonia Bone (APIB),
Vagner Freitas (CUT) e Wanderley (CONAM).
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