Presidente do STF, contudo, decidiu manter o sigilo dos
depoimentos dos executivos e ex-executivos da empresa
Breno Pires ,
O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, homologou as delações dos
executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht na Operação Lava Jato. Ela,
no entanto, decidiu manter o sigilo do processo e o conteúdo dos depoimentos
ainda não pode ser tornado público.
Conforme publicado pelo Estado no
sábado, 28, a expectativa no Supremo e no Palácio do Planalto era de que as
delações fossem homologadas pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia,
entre esta segunda-feira, 30, e terça-feira, 31, já que os juízes auxiliares da
equipe do ministro Teori Zavascki, morto no dia 19, encerraram na sexta-feira,
27, as audiências com os 77 delatores da empreiteira. Esse é o último passo
antes da confirmação dos acordos firmados por executivos e ex-executivos com o
Ministério Público Federal.
A decisão de Cármen põe fim a uma série
de especulações sobre a velocidade da continuidade da tramitação da Lava Jato,
geradas com a morte de Teori. A presidente do STF homologou as delações uma
semana após autorizar a equipe de juízes auxiliares de Teori Zavascki a
continuar as audiências necessárias para a confirmação de cada um dos 77
acordos.
Cármen esteve no final de semana
trabalhando no STF em contato com o juiz Márcio Schiefler, braço direito de
Teori na condução da Lava Jato na Corte.
Para que o conteúdo das delações seja
tornado público, é preciso um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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