O governador
Flávio Dino e o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária
(Emap), Ted Lago, apresentaram o balanço financeiro e operacional de 2016 e
anunciaram investimentos de R$ 730 milhões na infraestrutura, segurança e
ampliação, previstos – entre recursos próprios e privados – para o Porto do
Itaqui e terminais de ferryboat em 2017.
A solenidade realizada na tarde desta
segunda-feira (23), no auditório do Palácio dos Leões, ratifica a política do
Governo do Maranhão de desenvolvimento de um dos maiores vetores de crescimento
do estado.
Ao todo, R$ 39
milhões – entre recursos próprios (R$ 34 milhões) e privados (R$ 5 milhões) –
contemplarão a revitalização do sistema de combate a incêndios (berços 100 a
108); instalações complementares para operacionalização do berço 108 (sistemas
elétrico, sanitário e dutagem); construção de unidade de Segurança Pública,
nova cobertura da Receita Estadual e melhorias no acesso principal do Terminal
da Ponta da Espera; novo sistema de iluminação da área primária; novo terminal
do Cujupe e melhoria no controle de acesso de veículos e pessoas na área do
Itaqui.
Em seu
discurso, o governador Flávio Dino destacou o papel da Emap para a economia
maranhense, e enfatizou que esses investimentos que chegam a cerca de R$ 39
milhões na ampliação da infraestrutura e segurança do Porto do Itaqui e dos
terminais externos são frutos da gestão proba e transparente, que beneficiarão
milhares de maranhenses e se somam a outros R$ 692 milhões que o Governo, em
parceria com a iniciativa privada, fará em 2017.
“Significa
dizer que nesse ano de 2017 nós teremos desde logo investimentos que chegarão a
R$ 730 milhões, confirmando a EMAP e o Porto do Itaqui como grandes vetores de
desenvolvimento, na medida em que esses investimentos tem capacidade de
multiplicar postos de trabalho, hoje já são 14 mil que trabalham direta e
mediante empresas na área do Porto do Itaqui, e esses investimentos vão
modernizar ainda mais, dar mais segurança e atrair outras empresas privadas
para o Maranhão”, pontuou o governador.
Ele destacou,
também, o investimento que será feito no novo Terminal do Cujupe, que receberá
uma estrutura multimodal, integrando o transporte feito pelo ferryboat com o
transporte rodoviário. “Quase dois milhões de pessoas no ano de 2016
transitaram pela Terminal do Cujupe. E isso demonstra a importância econômica e
social desse investimento de praticamente R$ 12 milhões para a construção de um
terminal adequado na Baixada Maranhense”, ressaltou.
Além da obra
física, o Governo do Estado, em parceria com o Sebrae, fará investimento na
promoção da formalização e sustentabilidade dos empreendedores do Terminal do Cujupe.
“O empreendedorismo é um dos caminhos para que possa haver desenvolvimento
verdadeiro. Porque só é
desenvolvimento quando é para todos. E para ser para todos, naturalmente, não
pode ser a velha e tradicional economia de enclaves, em que há ilhas de
modernidade em meio a um oceano de pobreza. Quando nós falamos desse trabalho
social ele tem esse intuito de corroborar nesse viés, nesse foco obstinado que
nós temos, de redução das desigualdades sociais e regionais”, enfatizou.
Resultados de
2016
Além do
anúncio das obras, o presidente da Emap, Ted Lago, apresentou os resultados
financeiros e operacionais alcançados em 2016. Responsável pela gestão do Porto
do Itaqui e terminais externos de Ponta da Espera, Cujupe, São José de Ribamar
e Porto Grande, a empresa, a partir de 2015, implantou um novo modelo de
gestão. Nos dois últimos anos o Porto do Itaqui teve os melhores resultados de
sua história, chegando a 21% de aumento na movimentação de carga e
lucratividade de R$ 68,2 milhões já no final do primeiro ano.
“Os resultados
alcançados são fruto de uma visão integrada do negócio portuário que equilibra
melhorias em infraestrutura, mudanças no sistema de gestão e de operações, foco
em resultados, e, sobretudo, trabalho em equipe”, declarou Ted Lago.
A quebra da
safra de grãos ocasionada pela estiagem impactou a movimentação de cargas até o
fim de 2016. Assim, a Emap fechou o ano com 16,9 milhões de toneladas, e, mesmo
com a grave crise econômica nacional, a empresa seguiu mantendo sua saúde
financeira, reduzindo despesas em R$ 25 milhões em relação ao orçado para 2016,
o que possibilitou fechar o ano com lucro líquido de R$ 42,9 milhões e
preservar todos os investimentos planejados. Isso demonstra a capacidade de
adequação ao cenário e rápida resposta as demandas do mercado, ratificando a
importância do planejamento e de uma gestão austera, focada em resultados e
melhoria contínua.
O governador
Flávio Dino explicou que dois fenômenos adversos atrapalharam os resultados de
2016: o redesenho da Petrobras e o fenômeno La Niña que trouxe uma seca aguda
para o sul do Maranhão. “É interessante notar, contudo, e faço questão de
sublinhar isso, que não obstante o resultado de 2016 tenha sido seguramente
aquém do que nós teremos em 2017, ele não impediu que nós possamos cumprir
nesse momento aquilo que havíamos projetado anteriormente”, finalizou.
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