por John
Cutrim
(com
acréscimos)
José Sarney,
quando começou sua carreira política, era um cidadão de classe média. Como
tantos no Maranhão. Passo a passo, foi usando cargos públicos e poder político
para construir uma fortuna pessoal e empresarial incalculável. Certamente de
centenas de milhões de reais.
De acordo com
a declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, em 2006, quando foi
eleito senador pelo Amapá, Sarney tem R$ 1.050.000,00 em cotas do Shopping
Jaracati, o que representam 23% do patrimônio declarado no valor total de R$
4.632.263,45.
Na verdade, o
patrimônio do ex-senador ultrapassava, à época, os R$ 8 milhões, pois o contador,
segundo o próprio Sarney, teria esquecido de lançar na declaração a mansão de
R$ 4 milhões onde mora em Brasília.
Um dado
curioso é que Sarney informou que tinha como ocupação principal a atividade de
produtor agropecuário, mas não consta nenhuma fazenda na declaração de bens.
O “Sarney
empresário” é igual ao “Sarney escritor”. Nunca passou do patamar da
mediocridade. Por isso, o Sarney empresário precisa tanto do comando do Estado
do Maranhão, pois os cofres públicos, ao longo de muito tempo, foram usados
para sustentar negócios da oligarquia. Sem a principal fonte, esses negócios
estão em crise financeira.
Um exemplo é o
Shopping Jaracati, um dos empreendimentos do Sarney empresário. Além do golpe
da perda do Supermercado Mateus, o shopping perdeu o Viva Cidadão, que foi para
o Shopping da Ilha, ocupando um espaço muito maior por um preço muito menor. Isso
pode explicar o desespero do Sarney
empresário, mandando o seu império de mídia criar uma ridícula “grave denúncia”
sobre uma simples casa em um bairro popular de São Luís.
Por trás de
tudo, está a escassez de aluguéis no Shopping Jaracati. E a vontade de impor ao
governador Flavio Dino um “acordo”, mediante uma boa conver$a. Só que Dino não
tem medo de Sarney e do seu império de mídia, como já disse várias vezes, via
redes sociais. Isso que dá mais raiva a Sarney: ele não consegue mais impor a
sua vontade como fez por 50 anos, tempo em que usou para acumular fortuna
pessoal.
Afinal, foi o
que lhe restou, ao ser odiado pelo povo brasileiro e desprezado como suposto
escritor.
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