Cemitério da
Saudade recebeu os corpos no início da noite deste domingo.
Homem matou o
filho, a ex-mulher e outras 10 pessoas durante réveillon.
Roberta Steganha
Do G1 Campinas e Região
Os corpos das
12 vítimas da chacina cometida contra uma família durante uma festa de
réveillon na noite de sábado (31), em Campinas (SP), chegaram ao Cemitério da
Saudade do município para serem velados no início da noite deste domingo (1º).
Entre eles estão a ex-mulher e o filho de 8 anos de idade do autor do crime,
que se matou após os assassinatos. O velório do autor dos disparos está sendo
realizado na cidade vizinha, Jaguariúna (SP).
Sidnei Ramis
de Araujo invadiu, pouco antes da meia-noite, a casa aonde a ex-mulher e o
filho aguardavam a virada do ano com familiares, e matou a tiros os dois e
outras 10 pessoas que participavam da festa. Ele brigava na Justiça com a ex
pela guarda da criança.
Despedida
Já no início
da chegada dos corpos, o Cemitério da Saudade estava cheio de amigos da
família, parentes e pessoas que não conheciam as vítimas, mas se solidarizaram
após saber do fato pela imprensa. O clima no local era de revolta, tristeza e indignação.
As vítimas
estão sendo velados todas juntas em uma única sala. Segundo a administração do
cemitério, eles esperam um movimento maior no início da noite.
Os
sepultamentos estão agendados para as 9h desta segunda-feira, sendo que, por se
tratar de vários membros de uma única família, os sepultamentos serão feitos um
de cada vez, de 15 em 15 minutos.
Escola em luto
A professora
Tatiana Ferreira deu aula para João Victor Filier de Araujo há dois anos,
quando ele estava no 1º ano do Ensino Fundamental. Ela foi até o cemitério se
despedir do ex-aluno. "Ele já entrou sabendo ler e escrever. E a mãe era
um doce. Sempre atendia prontamente às solicitações da escola", lembrou.
Ela disse que na escola o pai não era autorizado a buscar o filho, que só
poderia ser levado pela mãe ou pelo motorista da van contratada por ela.
Tatiana contou que na escola estão todos muito abalados.
José Carlos
Feitosa Amorim é amigo da família. "É uma pena porque ele fez [atirou nas
pessoas] isso de forma aleatória. Sou amigo da família, poderia estar lá
também, mas essa reuião foi mais da família", declarou.
Investigação
A Secretaria
de Segurança Pública do Estado de São Paulo divulgou nota neste domingo,
afirmando que o caso segue em investigação em um inquérito policial no 3º
distrito policial de Campinas. Segundo a nota, testemunhas estão sendo ouvidas
para auxiliar no trabalho de apuração. Todo material apreendido será periciado
pelo Instituto de Criminalística (IC).
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