
![]() |
Astro de Ogum e Pereirinha: acusados de comandar esquema de agiotagem na Câmara |
O cheque de uma conta da Câmara Municipal de São
Luís, no Bradesco, no valor de R$ 1.163.500,00, transformou-se em símbolo de um grande
esquema de agiotagem montado no Legislativo.
Datado de 28 de novembro de 2013,
e assinado pelo então presidente, vereador Isaías Pereirinha, o cheque estava
em poder de um conhecido agiota do Maranhão. Ele já chegou a ser preso em
operações de combate à agiotagem com várias prefeituras maranhenses. Mas, por
força do dinheiro e amizades, continua em liberdade e operando livremente.
O citado cheque consta do inquérito
policial 007/2014, da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), sendo
um dos comprovantes desse grande esquema de corrupção montado na Câmara de São
Luís, envolvendo o Banco Bradesco. Pelas investigações, teriam sido desviados
algo em torno de R$ 30 milhões. O ex-presidente Antônio Isaías Pereira Filho (o
Isaías Pereirinha) e ao atual presidente Generval Martimiano Moreira Leite (o
Astro de Ogum) foram indiciados e são acusados de pertencerem a uma organização
criminosa.

Na semana passada, o blog foi informado
que, depois de ser arrochado pelo agiota, o ex-presidente da Câmara teria
resolvido entregar um sítio de sua propriedade, no município de Paço do Lumiar,
avaliado em aproximadamente R$ 600 mil. O restante teria sido dividido em parcelas mensais, sendo que o pagamento ainda estaria sendo efetivado.
O conhecido agiota seria proprietário de
uma dezena de postos de combustíveis e de vários imóveis em São Luís. Muitos
desses bens teriam sido recebidos como pagamento de dívidas.
Ao ser procurado pelo informante do
blog, o agiota teria negado a negociação da dívida e dissera que estaria tentando receber
o dinheiro devido pelo ex-presidente Pereirinha.
O
esquema
De acordo com o inquérito da
Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), o esquema
funcionava através da ex-gerente do Bradesco, Raimunda Pereira Célia Moraes da
Silva Abreu. Ela captava dinheiro com clientes do Banco, prometia rentabilidade
entre 7% e 20% e emprestava esses valores a terceiros. Posteriormente colhia os
lucros e repassava a esses clientes, sendo que, de alguns, ela se apropriava
dos valores que lhes eram entregues para investimentos no banco ou até mesmo
subtraía das contas sem o consentimento dos titulares, o que configura nos
crimes de apropriação indébita e furto.
O blog está de olho permanentemente
nesse esquema de agiotagem na Câmara. Espera-se que os envolvidos não fiquem na
impunidade.
Tem gente ai, sendo protegida pela própria justiça meu amigo.
ResponderExcluir