Procurador-geral
da República envia requerimento ao Supremo Tribunal Federal e mira caciques do
PMDB e aliados proximos de Temer
Valmar Hupsel, Fausto Macedo e Ricardo Brandt
O Estado de São Paulo
O pedido se
fundamenta no conteúdo do acordo de colaboração premiada na qual Machado
detalha manobras de políticos para interferir nas investigações da Operação
Lava Jato.
As informações
foram divulgadas no site da Procuradoria-Geral da República.
Janot
argumenta que há ‘elementos concretos de atuação concertada entre
parlamentares, com uso institucional desviado, em descompasso com o interesse
público e social, nitidamente para favorecimento dos mais diversos integrantes
da organização criminosa”.
Segundo o
procurador-geral, Renan, Sarney e Jucá teriam buscado ‘por via legislativa,
atingir decisão da Suprema Corte sobre cumprimento das penas após a decisão de
2.ª instância e enfraquecer o instrumento da colaboração premiada, amplamente
empregado na Operação Lava Jato’.
Outra forma de
obstrução, segundo o pedido de inquérito, consistia na redução de poderes do
Judiciário e do Ministério Público mediante a realização de nova constituinte.
Para Janot,
‘trata-se de atos estatais que visam a sabotar o próprio Estado, na sua
vertente de repressão ao crime organizado’.
“É chocante,
nesse sentido, ouvir o senador Romero Jucá admitir, a certa altura, que é
crucial ‘cortar as asas’ da Justiça e do Ministério Público, aduzindo que a
solução para isso seria a Assembleia Constituinte que ele e seu grupo político
estão planejando para 2018”, afirma Janot.
Já no
Judiciário, o grupo peemedebista buscaria cooptar ministros do STF para
anistiar envolvidos na investigação ou para assegurar a manutenção da validade
das proposições legislativas almejadas, de forma que a Suprema Corte não as
declarasse, posteriormente, inconstitucionais.
“Não bastasse
a trama para mudar a legislação, os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e o
ex-presidente José Sarney ainda revelam o plano de incluir o Supremo Tribunal
Federal, reserva necessária de sobriedade institucional, na costura política de
um grande acordo espúrio para evitar o avanço do complexo investigatório”,
adverte o procurador.
LEIA A ÍNTEGRA DA PETIÇÃO DA PGR
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