O objetivo era desarticular organização criminosa envolvida em supostas
ações de estelionato na Superintendência da Pesca no Estado do Pará
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (23) a segunda fase da
operação "História de Pescador", com o objetivo de desarticular
organização criminosa envolvida em supostas ações de estelionato na
Superintendência da Pesca no Estado do Pará, que era ligado ao extinto
Ministério da Pesca.
A PF cumpriu buscas em um gabinete na Câmara dos Deputados. De acordo
com o presidente da Casa, Rodrigo Maia, o alvo era uma mulher que ocupa um
"cargo de natureza especial", um dos cargos em comissão da Câmara.
Ele confirmou que a PF apreendeu papéis, tablets e computador. Maia não
soube informar a qual gabinete a funcionaria é vinculada.
A primeira fase da operação apurou irregularidades nos cadastros de
5.100 pescadores entre fevereiro e março de 2016.
A PF cumpre sete mandados de busca e apreensão e três mandados de
condução coercitiva, que foram expedidos pela 4.° da Vara da Seção Judiciária
Federal em Belém.
A primeira fase da operação foi concluída em 18 de maio de 2016 e teve
como objetivo "aferir a regularidade administrativa das inclusões,
alterações e supressões promovidas no período de 15/02/2016 a 14/03/2016, no
sistema informatizado do registro geral da Atividade Pesqueira e em outros
sistemas correlatos", informa a PF em nota.
Segundo os investigadores, cinco pessoas, "em tese sem vínculo no
órgão" teriam efetuado quase 5.100 inclusões de cadastro de pescadores no
sistema informatizado do Ministério da Pesca.
O número é considerado elevado para a rotina da administração pública e
"grande parcela desses cadastrados não possuíam a qualificação necessária
para obter o seguro defeso e estimava-se que a fraude teria movimentado cerca
de R$ 10 milhões", informa a PF.
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