Do UOL, no Rio
O ministro do Meio Ambiente, Sarney
Filho, divulgou neste sábado (20) uma carta enviada ao seu partido, o PV, na
qual afirma que vai se manter fiel ao governo Temer porque considera ter
obtido, em um ano, avanços significativos na área ambiental.
Desde o escândalo provocado pelas delações
do grupo JBS, a gestão do presidente Michel Temer (PMDB) vem sofrendo baixas e
ganhando rachaduras. Até sexta-feira (19), duas siglas se retiraram
oficialmente da base aliada --PPS e Podemos (ex-PTN). Outras legendas ainda não
definiram se vão romper ou não com o governo, mas já sinalizaram uma possível
debandada.
Sarney Filho afirmou que sua posição foi
tomada no sentido de colocar "a causa" do PV acima das relações de
poder e dos interesses políticos. "Nosso partido tem uma causa, mas a
causa que defendemos não tem partido. Assumi o ministério para servir ao país
na área socioambiental, em que tenho atuado ao longo de todo o meu percurso
político. Acredito que nos períodos críticos aqueles que são engajados em lutar
por seus ideais têm responsabilidade redobrada."
Como feitos de sua gestão, o ministro
cita, entre outras coisas, o arquivamento do processo de licenciamento
ambiental da Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós, no Pará, e o incentivo a
fontes de energia limpa e renovável.
"Por tudo isso, apesar do contexto
político conturbado, dos riscos de retrocesso ambiental e institucional,
enquanto tiver a convicção de poder contribuir para a nossa causa, a causa da
sustentabilidade e da economia verde, garantindo ganhos socioambientais,
estarei disposto a ocupar este espaço que, nesta crise, adquiriu importância
ainda maior."
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