A ex-governadora Roseana Sarney foi destaque, ontem (15) à noite, em
inserções do PMDB exibidas na TV. Nas aparições, a filha de Sarney mostra
aquilo o que diz ter feito pelo Maranhão.
Roseana exibiu aquilo que considerou algo de positivo no seu governo, no
entanto os crimes cometidos contra o Maranhão ao longo dos seus quatro mandatos
como governadora apagam qualquer que tenha sido o feito da sua gestão.
Nos governos de Roseana Sarney, é importante lembrar que o Maranhão não
avançou satisfatoriamente nos indicadores sociais, éramos sempre os últimos em
tudo. Por conta do descaso e da incompetência, o estado retrocedeu e o povo não
conseguiu sentir melhoras satisfatórias no seu dia a dia. O tal badalado
crescimento ficou apenas nas promessas mirabolantes de campanha. Ficou um
legado de miséria, atraso e retrocesso deixado por Roseana em quase quinze anos
de poder.
A herança deixada por Roseana em todo esse tempo – e que não foi mostrada
na TV – foi pobreza, desemprego e insegurança (quem não se lembra dos presos
degolados em Pedrinhas?).
Apenas para refrescar a memória, Roseana Sarney deixou, nos seus quatro
mandatos, 2 milhões de maranhenses abaixo da linha de miséria (renda per capita
de R$ 70 por mês); 64% da população passando fome e as três piores cidades do
país em renda per capita. Outra herança maldita da filha de Sarney foi 6,5% dos
municípios maranhenses com rede de esgoto e dos 15 municípios brasileiros com
as menores rendas, segundo o IBGE, dez situados no Maranhão (é o estado
brasileiro com maior percentual de miseráveis).
Até o governo de Roseana Sarney, 64% da população passava fome, 19% era
analfabetos, a mortalidade infantil afetava 39 bebês em cada 1000 nascimentos e
apenas 7,8% dos domicílios tinham computador.
Em 2012, no governo de Roseana Sarney, o Maranhão tinha a segunda maior
taxa de analfabetismo de jovens e adultos, com 20,8% da população de 15 anos ou
mais sem saber ler e escrever e altas taxas de mortalidade infantil.
Infelizmente, nas gestões da filha do ex-senador José Sarney, o estado viveu
seus piores momentos, foram dias de fome, insegurança e desemprego, ciclo de
mazelas aterrorizante encerrado com a saída de Roseana do Palácio dos Leões em
2014.
Em 2015, a renda per capita média do brasileiro chegou a R$ 1.113,00,
segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE. Enquanto o
Distrito Federal ficou em primeiro, com R$ 2.252,00, o Maranhão amargou o
último lugar, com R$ 509,00.
Outras lembranças péssimas que, sem dúvidas, a população maranhense não
sente saudades:
O engodo da Refinaria da Petrobras em Bacabeira, que não saiu do papel; o
golpe do pólo têxtil de Rosário, que levantou 24 milhões de dólares de
empréstimos da SUDENE junto ao BNB e enganou cerca de 4 mil homens e mulheres
humildes da região do Munin; e o caso Usimar, que contou com o decisivo apoio
da governadora Roseana Sarney. O Conselho Deliberativo da SUDAM aprovou um
projeto no valor global de U$ 1,38 bilhão e liberou uma parcela inicial de 44
milhões de dólares para a instalação de uma fábrica de autopeças no Distrito
Industrial de São Luís. A empreiteira Planor construiu um barracão no local,
mas o empreendimento nunca saiu do papel e o dinheiro liberado desapareceu.
Sem falar do embuste da tal reserva de gás em Capinzal do Norte,
Trizidela do Vale e Santo Antônio dos Lopes, o que seria a salvação/redenção do
Maranhão. Festejado pelos Sarneys que suas empresas (OGX E EBEX) haviam
descoberto a ‘meia Bolívia’ de gás natural no interior do Maranhão, o
empresário Eike Batista, agora preso, foi incensado e promovido a semideus por
José Sarney, Roseana e integrantes do seu grupo, mas logo viu seu império cair.
Nada de exploração de gás no Maranhão e os milhares de empregos que seriam
gerados não passaram de fantasia. Ficou a miséria dos maranhenses enganados por
Eike e Roseana Sarney.
Quanto aos casos de corrupção, vale lembrar que a ex-governadora Roseana
Sarney é acusada pelo Ministério Público e pela Justiça de ter cometido quatro
graves crimes pelos quais pode ser condenada a pelo menos 6 anos de prisão. Há
uma ação ingressada pelo Ministério Público do Maranhão de improbidade por um
suposto rombo de R$ 1 bilhão nos cofres estaduais no esquema de fraudes em
isenções fiscais quando Roseana era governadora.
Roseana aparece nas planilhas da Odebrecht que listam pagamento de
propina, segundo publicação do site Congresso em Foco. A empresa é acusada de
pagar propina para políticos e funcionários da Petrobras.
Esse tempo sombrio não passou no programa de Roseana veiculado nesta
segunda-feira na TV. Propositalmente, a inserção do PMDB esqueceu de relembrar
a ‘idade das trevas’ do Maranhão onde a insegurança, a opressão e o sofrimento
imperava na vida dos maranhenses. O Maranhão, sob o domínio dos Sarney, na
verdade empobreceu e permaneceu nas piores posições nos indicadores sociais.
Outros crimes de
Roseana contra o Maranhão
Abaixo, listamos uma série de mazelas e malfeitos praticados em décadas
de sarneisismo no Maranhão.
*Roseana Sarney mandou pagar indevidamente 33 milhões de dólares para
duas empreiteiras (a EIT e a Planor, que segundo investigações da Polícia
Federal, tem como sócios integrantes da OCRIM – Organização Criminosa –
comandada pelo irmão de Roseana, o engenheiro Fernando Sarney). As duas
empresas deveriam ter construído a MA -008, de Paulo Ramos a Arame. A estrada
nunca foi construída.
*Golpe do pólo têxtil de Rosário, que levantou 24 milhões de dólares de
empréstimos da SUDENE junto ao BNB e enganou cerca de 4 mil homens e mulheres
humildes da região do Munin. Os quatro galpões industriais foram construídos
pela empresa Pleno, de Severino Cabral (sócio do marido da governadora em um
hotel em Balsas) e foi o próprio Jorge Murad quem trouxe o empresário chinês
Chhai Kwo Chheng, responsável pelo negócio, do Ceará no final de 1995.
*Contrato do Telensino com a Fundação Roberto Marinho custou cerca de R$
110 milhões, através de recursos federais liberados pelo projeto Alvorada.
Centenas de milhares de jovens estudantes não conseguiram acompanhar as aulas
dadas em televisões, sem a presença de professores em sala de aula e tiveram sua
formação educacional bastante prejudicada. Em 2002, ano que Roseana se afastou
do governo para candidatar-se ao Senado Federal, só existiam escolas públicas
de ensino médio em 58 dos 217 municípios maranhenses.
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O 'cemitério' do Italuís II |
*Golpe da Usimar dado pelo empresário paranaense Teodoro Hubner Filho,
que contou com o decisivo apoio da governadora Roseana Sarney e do
supersecretário de Planejamento, Jorge Murad. O Conselho Deliberativo da SUDAM
aprovou um projeto no valor global de U$ 1,38 bilhão e liberou uma parcela inicial
de 44 milhões de dólares para a instalação de uma fábrica de autopeças no
Distrito Industrial de São Luís. A empreiteira Planor construiu um barracão no
local, o empreendimento nunca saiu do papel e o dinheiro liberado tomou doril!
*Aplicações ilegais de recursos públicos do Fundo Previdenciário do
Estado (U$ 20 milhões) e da Capof (Caixa de Assistência dos Funcionários
Aposentados do BEM), U$ 16 milhões, no Banco Santos, de propriedade do padrinho
de casamento do casal Sarney&Murad, Edmar Cid Ferreira, do qual Roseana era
dependente em um cartão de crédito internacional. O banco faliu e a aplicação
da Capof foi totalmente perdida e o Estado conseguiu a devolução de parte dos
recursos de seu fundo previdenciário.
*Tomada de empréstimo de U$ 275 milhões junto ao Banco Central para
sanear as contas do BEM. O Estado depois ainda fez um aporte de R$ 58 milhões
no BEM que faliu em seguida, foi privatizado e vendido ao Bradesco.
*Liberação de 70 milhões de dólares, via BNB, para a empresa baiana Coesa
implantar o projeto de irrigação de Salangô, em São Mateus, que foi abandonado.
*O esquema de corrupção na obra de construção do Italuís II, embargada
pela CGU. Essa obra foi iniciada em 2000, em um dos governos de Roseana, mas
foi embargada em 2003, pela Controladoria Geral da União, por suspeitas de
irregularidades graves, como superfaturamento e licitação dirigida para favorecer
as construtoras OAS e Gautama. Uma obra orçada em mais de R$ 300 milhões, sendo
R$ 152,5 milhões para a OAS, e R$ 149,4 milhões para a Gualtama. A obra foi
paralisada, mas não se tem notícia de que alguma dessas empresas tenha sido
condenada a devolver dinheiro aos cofres públicos. Nem, tampouco, ficaram
inadimplentes com o Governo Federal, pois continuaram participando de
licitações normalmente.
Os esqueletos do Italuís II são um monumento à incompetência de Roseana
Sarney como gestora. Um símbolo da corrupção que marcou as passagens dela pelo
governo. É mais uma obra inacabada que figura entre os inúmeros projetos
malfadados que serviram para sugar recursos públicos.
*O esquema de desvios de recursos da Secretaria de Estado da Saúde (SES)
por meio do programa ‘Saúde é Vida’, que prometia a implantação de 72 hospitais
no interior do Estado. Segundo o MP, os desvios chegam a aproximadamente R$ 1
bilhão. Uma das empresas fez doação de mais de R$ 1 milhão para a campanha de
Roseana.
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