Em vez de consultar apenas a executiva,
Tasso Jereissati convocou as bancadas no Congresso e todos os presidentes
estaduais do PSDB
Em um evento raro na liturgia do PSDB,
lideranças tucanas do Brasil inteiro farão uma plenária que deve selar a
posição da legenda sobre a permanência ou desembarque da gestão Michel Temer.
Agendada anteriormente para a quinta-feira (08/06), a reunião foi adiada para a
próxima segunda-feira (12/06).
Pressionado pela base do partido que
defende a entrega de todos os cargos no Governo Federal, o senador Tasso
Jereissati (CE), presidente da sigla, ampliou o "colégio eleitoral"
que se reunirá para definir a posição da legenda.
Em vez de consultar apenas a executiva,
o dirigente convocou as bancadas no Congresso e todos os presidentes estaduais
do PSDB. A ideia é dar um caráter institucional inquestionável ao
posicionamento tucano, seja ele qual for. "Nem (a vidente) Mãe Dinah
adivinharia o resultado da reunião de amanhã", disse à reportagem o
deputado federal Ricardo Tripoli (SP), líder do PSDB na Câmara.
"Independentemente do julgamento
(da cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no TSE), o partido vai
encaminhar esse debate amanhã. Será o dia de refletir sobre esse tema",
completou o parlamentar.
Pelo menos dois diretórios tucanos - Rio
de Janeiro e Rio Grande do Sul - tiraram posição em defesa do desembarque do
governo. O de São Paulo caminhava para esse desfecho, mas uma concorrida
plenária realizada na segunda-feira acabou sem que o tema fosse encaminhado
para votação.
A permanência do PSDB na base governista
é considerada pelo Palácio do Planalto determinante para evitar uma debandada
geral de aliados.
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