Denúncia
foi enviada por Janot ao STF âmbito da Lava Jato. Todos são acusados em
inquérito que apura se Renan e deputado do PMDB receberam propina oriunda de
contratos da Transpetro.
Por Mariana Oliveira e Renan
Ramalho, TV Globo e G1, Brasília
O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, denunciou nesta sexta-feira (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF)
quatro senadores do PMDB, dois ex-senadores do partido e mais três pessoas no
âmbito da Operação Lava Jato.
Foram denunciados (e os crimes
atribuídos a eles):
- Senador Renan Calheiros (PMDB-AL): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
- Senador Garibaldi Alves (PMDB-RN): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
- Senador Romero Jucá (PMDB-RR): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
- Senador Valdir Raupp (PMDB-RO): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
- Ex-senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
- Ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado: corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
- Luiz Fernando Nave Maramaldo, sócio da NM Engenharia: corrupção avita e lavagem de dinheiro;
- Nelson Cortonesi Maramaldo, sócio da NM Engenharia: corrupção ativa e lavagem de dinheiro;
- Fernando Ayres Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental: corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
O G1 procurou as assessorias de Renan,
Jucá, Raupp e Garibaldi e aguardava resposta até a última atualização desta
reportagem. O G1 também buscava contato com os demais denunciados.
Todos são acusados em inquérito que
apurava inicialmente se Renan Calheiros e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE)
receberam propina de contratos da Transpetro.
Renan Calheiros já foi denunciado na
Lava Jato, mas ainda não há decisão da Corte sobre torná-lo réu; Raupp é réu na
Lava Jato; e Romero Jucá foi denunciado, na semana passada, em um desdobramento
da Operação Zelotes.
As
investigações
As investigações apuram a ocorrência dos
crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
A denúncia ocorre ao final da investigação,
quando a PGR entende já ter indícios suficientes ou mesmo provas que indicam o
cometimento de crimes pelos investigados.
Caberá, a partir de agora, ao ministro
Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, pedir a defesa prévia de
cada um deles antes de redigir um relatório e levar o caso para análise dos
outros quatro ministros da Segunda Turma: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo
Lewandowski e Celso de Mello.
Não há data-limite para o exame conjunto
da denúncia pelo STF. Se a denúncia for recebida pelo STF, os denunciados se
tornarão réus e passarão a responder a um processo penal no Supremo.
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