O governo Temer anunciou nesta
terça-feira (15) que vai eliminar 60 mil cargos no Executivo que atualmente
estão vagos. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, ressaltou que não
haverá demissões.
Além disso, o ministro anunciou o
congelamento dos salários dos funcionários públicos federais por 12 meses e a
redução dos salários iniciais da categoria, mudando a estrutura de carreiras
públicas. Essas mudanças dependem de aprovação do Congresso.
Um exemplo de redução de salário inicial
é na carreira de gestão governamental, que será baixado a menos de um terço.
Hoje, o salário de um iniciante é R$ 16.933,64. Pela proposta, passaria a R$
5.000. O valor máximo no fim da carreira ficaria o mesmo: R$ 24.142,66.
O governo diz que os funcionários
públicos recebem, em média, o triplo de um profissional do mercado privado em
ocupações de níveis fundamental e médio. No caso de cargos de nível superior, a média é
mais que o dobro.
Com a redução dos salários iniciais, espera-se
baixar o custo médio dos funcionários públicos em 70%, segundo Oliveira. Nos
próximos dez anos, a medida deve representar uma economia de R$ 70 bilhões,
disse o ministro.
Essas medidas fazem parte dos esforços
do governo para cortar gastos. Também foi anunciado nesta terça-feira o aumento
na previsão de rombo das contas públicas de R$ 139 bilhões em 2017 e de R$ 129 bilhões
no ano que vem.
Economia
de R$ 5,1 bi com congelamento
Em relação ao congelamento dos salários,
o governo pretende economizar R$ 5,1 bilhões em 2018. Algumas categorias teriam
aumento em janeiro de 2018, enquanto outras teriam só em agosto. Nos dois
casos, os reajustes ficam congelados até o mesmo mês do ano seguinte, segundo
Oliveira.
O ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, pediu apoio do Congresso para aprovar as mudanças. "Vamos
mandar para o Congresso para tudo ser aprovado ainda neste ano. Contamos com a
aprovação, porque é importante para o país."
Meirelles voltou a afirmar que não estão
previstos novos aumentos de impostos. "É importante enfatizar que não há
aumento de impostos para a população brasileira em geral", disse.
"São medidas duras, rigorosas, para
mostrar a seriedade do ajuste", declarou o ministro da Fazenda.
Com informações do UOL
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