Longe da televisão desde 2014, quando
apresentou um especial no canal pago Viva, Valeria Monteiro anunciou que
pretende se candidatar à Presidência da República nas eleições do ano que vem.
Em entrevista ao UOL, a jornalista --que
também é conhecida como "a primeira mulher a assumir a bancada do 'Jornal
Nacional', em 1992-- explicou que, a princípio, a ideia é fazer uma campanha
independente como ativista política. Ela disse ainda que está conversando com
alguns partidos, mas que ainda é cedo para falar sobre "bandeiras".
"Estou procurando um partido que me
dê uma plataforma para me candidatar à presidência, em 2018. Quero fazer uma
candidatura como ativista política", contou ela.
"Tenho até pelo menos o final do
ano para encontrar uma plataforma adequada. Posso me filiar até abril. Por
enquanto é uma pré-candidatura independente, que busca apoio popular antes de
tudo. Há uma lista de temas a serem levados em debate com a sociedade, mas acho
que ainda não dá para falar de bandeiras, antes que comece a campanha em
si", completou.
Questionada se a falta de experiência
poderia lhe prejudicar, Valeria foi enfática: "Espero que minha
independência possa ressoar e ganhar força. Sou inexperiente, mas aprendo
rápido", garantiu.
Ativa nas redes sociais, Valeria
demonstra preocupação com a atual crise política no Brasil. "Estou muito
preocupada com o resultado da soma entre a corrupção sistêmica e o desinteresse
dos governantes por aqueles a quem deveriam representar. A nossa descrença é
nossa sentença de marginalização e empobrecimento como nação. Como confiar que
um dia veremos um grande espetáculo se os atores são canastrões e a peça é a
que sempre aplicam na gente?", questiona.
A ex-apresentadora também é crítica ao
presidente Michel Temer: "Temer pode não ter dado um golpe, mas governa
sem legitimidade", resumiu.
Valeria Monteiro, 50, foi âncora do
"Jornal Nacional" no início da década de 90. Passou ainda pelo
"Fantástico", "Jornal Hoje" e o "RJTV". Depois de
deixar a Globo, foi morar nos Estados Unidos, onde passou nove anos. Trabalhou
na WNBC, emissora da rede NBC em Nova York, e pelo canal Bloomberg, até que
conseguiu uma vaga de roteirista em uma produtora independente.
Fez cinco pré-roteiros de uma série
sobre acidentes aéreos, mas com a tragédia de 11 de setembro de 2001, afirma
que "todo trabalho virou pó". A jornalista voltou ao Brasil em 2002 e
se dedica a sua produtora em Campinas.
Com informações do UOL
Com informações do UOL
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